Vestígios de vida antiga foram encontrados dentro de um rubi de 2,5 milhões de anos na Groenlândia, território autônomo da Dinamarca. A descoberta foi realizada por cientistas da Universidade de Waterloo, no Canadá. Essa pesquisa foi publicada na revista Ore Geology Reviews na semana passada.
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A Groenlândia é um lugar onde são encontrados os mais antigos depósitos conhecidos de rubis. A amostra da pedra preciosa, identificada pelos cientistas, contém grafite (mineral feito de carbono puro). Essas marcas de grafite no rubi sugerem que seja um resíduo de vida antiga.
A rocha foi encontrada pelos cientistas que estudavam a geologia dos rubis na Groenlândia a fim de entender melhor as condições necessárias para sua formação. De modo simples, os rubis são uma variedade vermelha do mineral corindo.
Para se ter uma ideia, o grafite é encontrado em rochas com mais de 2,5 milhões de anos. Nessa época, a Terra era um ambiente escasso em oxigênio atmosférico e vida unicelular existia somente em micro-organismos e algas.
O método usado pelos cientistas, para determinar se o carbono era de origem biológica, foi uma análise química, mais especificamente da composição dos isótopos nos átomos, que compõem o grafite.
Por meio dessa análise, que observou o aumento na quantidade de carbono-12 no grafite, os cientistas concluíram que os átomos de carbono encontrados pertenceram a organismos vivos, provavelmente microrganismos, como as cianobactérias.
Segundo o professor Chris Yakymchuk, especialista em ciências terrestres e ambientais da Universidade de Waterloo, “o grafite dentro deste rubi é realmente único. É a primeira vez que vimos evidências de vida antiga em rochas com rubi”, informou para a CNN.
Além disso, a equipe descobriu que o grafite provavelmente alterou a composição química das rochas ao redor para criar condições favoráveis ao desenvolvimento do rubi que foi encontrado.