Quem assistiu a novela “Pantanal”, exibida pela Rede Globo, viu que a versão sucuri do Velho do Rio era capaz de tudo para defender a família de Maria Marruá, inclusive dar um bote fatal em seus algozes.
Não é de hoje que o réptil causa espanto, afinal, além de ser enorme, a sucuri tem fama de ser capaz de engolir suas presas de uma vez só, incluindo animais como ratos e coelhos e, claro, seres humanos.
Hábitos alimentares da sucuri
Imaginar uma pessoa sendo engolida por uma serpente é algo digno dos maiores pesadelos possíveis, por isso é importante entender se essa possibilidade é mesmo uma ameaça real.
Em primeiro lugar, devemos saber que a alimentação das sucuris é generalista, ou seja: essas criaturas são carnívoras e conseguem, sim, se alimentar de animais pequenos, médios e grandes.
Normalmente, as sucuris preferem comer peixes e rãs, mas também conseguem comer outros animais que estejam perto da água, como jacarés, capivaras, onças e porcos do mato.
Quando não conseguem alimento de forma fácil, são capazes de entrar em fazendas e comer animais de estimação ou de criação, como bezerros, ovelhas e tartarugas.
Existem três espécies de sucuri que podem ser encontradas no Brasil e, como elas são animais semiaquáticos, os golpes acontecem principalmente em locais próximos a rios e pântanos.
Será que a sucuri pode mesmo engolir uma pessoa?
As sucuris não têm veneno e, por isso, não matam por meio da picada, como acontece com outras serpentes. Para comer suas presas, as sucuris agem através do estrangulamento e da constrição.
São animais enormes e muito fortes que, ao se enrolarem no corpo das presas, fazem tanta força que conseguem interromper a circulação de sangue, levando o animal à morte.
Existem poucos casos registrados de constrição de humanos e, na maioria das vezes, quando a sucuri atacou e matou uma pessoa por asfixia, o animal teve essa resposta depois de ser provocado.
Em teoria, a sucuri seria capaz de engolir uma pessoa pequena, como uma criança, mas os seres humanos não são a fonte alimentar principal desses animais. Além disso, não há registros específicos desse tipo de ataque.