Quando a pessoa morre, qual é o último sentido a desaparecer?

Veja o que alguns exames cerebrais revelam a respeito dos nossos últimos momentos em vida.

É aquela velha história: a morte é a nossa única certeza nesta vida. Não sabemos quando ou como, mas não há dúvidas de que, um dia, todas as pessoas estarão mortas. Falar sobre o assunto é quase um tabu para algumas pessoas, mas para a Ciência, a morte é um objeto constante de estudo.

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Um exemplo das pesquisas feitas sobre pessoas em seus últimos dias e instantes de vida é o trabalho da Dra. Katherine Clark, que é especialista em cuidados paliativos no Royal Prince Alfred Hospital, em Sydney, na Austrália.

De acordo com ela, as pessoas costumam dormir por mais tempo quando estão prestes a morrer. Ainda assim, é importante a presença de familiares e entes queridos, pois algumas análises feitas em eletroencefalogramas mostram que as ondas cerebrais dos pacientes à beira da morte são ativadas quando algum familiar fala com elas.

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Esses exames, segundo a Dra. Clark, indicam que a audição é o último sentido a desaparecer. Ela explica também que, embora cada pessoa tenha um tipo de morte, alguns sinais são bastante semelhantes.

De acordo com ela, os padrões de respiração também costumam mudar e, antes da morte, as pessoas tendem a mostrar uma respiração rápida e superficial ou lenta e com dificuldade.

É comum também que os doentes terminais fiquem sem respirar por longos períodos, como no caso da chamada respiração de Cheyne-Stokes, um fenômeno que faz com que as pessoas fiquem 45 segundos sem respirar e, depois, respirem de forma profunda e frequente.

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Os pacientes terminais também costumam ter agitação, alucinações, falta de apetite, mudanças no funcionamento do intestino e da bexiga, alterações de temperatura e, inclusive, de cor da pele. Esses sinais ocorrem quando menos oxigênio é enviado para o cérebro.

Depois, chega, finalmente, o momento da morte, que é quando o coração para totalmente e a respiração é interrompida. Em alguns casos, é possível tentar reanimar o paciente através da ressuscitação cardiopulmonar, mas nem sempre a técnica surte efeito.

A morte cerebral, por outro lado, é quando o tronco cerebral deixa de funcionar. Essa é a região inferior do cérebro e que controla as funções que o corpo realiza de forma automática, como respirar, regular a temperatura e fazer o coração bater.

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