Branca de Neve: conheça a real história que pode ter servido de inspiração

“Branca de Neve” pode ter sido inspirada na história de Maria Sophia Margaretha Catharina von Erthal, uma baronesa que nasceu em 1729.

Você com certeza conhece ou pelo menos já ouviu falar no conto de fadas “Branca de Neve”, a história da bela princesa que foge de sua madrasta invejosa e vai viver na casa de sete anões. Na história, a madrasta má tenta matá-la depois de seu espelho mágico lhe dizer que Branca de Neve é “a mais bela de todas”.

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O conto de fadas foi escrito por Jacob e Wilhelm Grimm – os irmãos Grimm – e publicado em 1812. Ele alcançou audiências globais a partir de 1937, ano em que Walt Disney criou o filme de animação, embora tenha tido outras adaptações.

Mas você sabia que “Branca de Neve” pode ter sido inspirada na história de Maria Sophia Margaretha Catharina von Erthal, uma baronesa que nasceu em 1729 e cresceu em um castelo de Lohr am Main, a cerca de 100 km a oeste de Bamberg, no norte da Baviera, e morreu em 1796?

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A sua história ficou bastante conhecida durante o século 19, época na qual os irmãos Grimm viveram por muito tempo perto de Hanau, que fica somente a 50km de Lohr am Main.

Apesar da inspiração, a verdadeira Branca de Neve – a baronesa – era um pouco diferente da princesa retratada no conto de fadas. Maria Sophia era de origem nobre e cresceu em um castelo. No entanto, ela também tinha uma madrasta dominadora: Claudia Elisabeth Maria von Venningen.

Alguns paralelos entre Sophia e a Branca de Neve

  • O pai de Sophia, um nobre chamado Philipp Christoph von Erthal, se casou mais uma vez depois da morte de sua primeira esposa. A madrasta da jovem, além de ser dominadora, agia em favor de seus filhos biológicos;
  • Lohr ficou famoso por ter sido um centro de vidros e espelhos. Inclusive, o pai de Sophia era dono de uma fábrica de espelhos;
  • Uma floresta perto de Lohr era famosa por abrigar ladrões e animais selvagens que eram considerados perigosos;
  • No conto de fadas, Branca de Neve correu por sete colinas antes de chegar à casa dos setes anões, que trabalhavam em uma mina; e uma mina localizada fora de Lohr, atualmente em desuso, pode ser alcançada cruzando setes colinas;
  • Os anões eram provavelmente mineiros, pequenos e corcundas em razão das más condições de trabalho nos pequenos túneis das minas. Ou ainda crianças que eram usadas como trabalhadores. Eles usavam capas para se proteger de pedras e poeira.

O castelo de Lohr am Main hoje abriga o Museu Spessart, que conta um pouco da história de Maria Sophia Margaretha Catharina von Erthal. Inclusive, o espelho exposto no museu leva moradores da cidade alemã – Lohr am Main – a acreditarem que o espelho mágico do conto de fadas realmente existe. No espelho exposto há a seguinte inscrição: “Amour propre” (“amor próprio”, em francês).

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Acredita-se que a Branca de Neve percorreu em sua fuga um caminho de 35 quilômetros por meio da cadeia de montanhas de Spessart, uma das maiores áreas de floresta decídua da Alemanha. A rota da fuga é percorrida hoje pelos visitantes da cidade de Lohr am Main e nela eles têm a chance de aprender mais sobre a relação das florestas com os contos de fadas.

Na cidade, há um posto de informações turísticas que oferece programas especiais de caminhadas. Além disso, fornece informações sobre atrações locais, como a cidade velha, com suas casas em estilo enxaimel, o histórico bairro dos pescadores e também a antiga câmara municipal.

Mas a atração mais esperada pelos visitantes da cidade é o castelo de Lohr e o Museu Spessart. A baronesa Sophia, diferente da Branca de Neve do conto de fadas, não teve um final tão feliz: ela ficou cega ainda na juventude e morreu solteira em um convento, aos 71 anos.

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