Homem volta novamente a andar após implante de eletrodos

A tecnologia, conhecida como estimulação elétrica epidural (EES), visa restaurar a caminhada em pessoas que tenham uma lesão na medula espinhal.

Nesta semana, graças a uma tecnologia revolucionária, um homem que perdeu a capacidade de andar após sofrer um acidente de moto em 2017 começou a dar seus primeiros depois da tragédia.

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Após uma lesão completa na medula espinhal, Michel Roccati participou de um ensaio clínico para ter um dispositivo de eletrodo implantado em sua medula espinhal. Esse dispositivo permite que Roccati fique de pé e se mova com a ajuda de um andador, conforme informações da CNN.

Roccati e mais outros dois homens em situação semelhante foram os destinatários do dispositivo eletrodo implantado diretamente na área entre as vértebras e a membrana da medula espinhal, que recebe correntes de um marca-passo, dispositivo implantado sob a pele do abdômen.

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O ensaio clínico, conhecido como STIMO, foi conduzido pela Dra. Jocelyne Bloch, do Hospital Universitário de Lausanne, e por Grégoire Courtine, do Instituto Federal Suíço de Tecnologia. Os resultados do estudo foram publicados na última segunda-feira (7), na revista Natura Medicine.

A tecnologia por trás do dispositivo é conhecida como estimulação elétrica epidural (EES), que objetiva restaurar a caminhada em pessoas que tenham uma lesão na medula espinhal.

Com a ajuda de um software instalado em um tablet, pesquisadores e os próprios pacientes conseguem enviar pulsos elétricos para ativar músculos anteriormente paralisados.

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Antes do estudo STIMO, as pessoas que estavam completamente paralisadas, mas que continuavam a ter sensações, eram capazes de andar novamente após vários meses de reabilitação intensiva a partir de uma estimulação elétrica na medula espinhal. No entanto, o STIMO mostrou resultados muito mais rápidos.

Em até uma semana após as cirurgias, os três participantes do estudo foram capazes de andar de forma independente com o uso de um suporte de peso corporal de barras paralelas e um cinto de segurança.

Agora, a equipe responsável pelo STIMO espera expandir o estudo para um ensaio clínico maior nos EUA, mas a tecnologia somente se tornará comercialmente disponível daqui a três ou quatro anos.

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