A recém-lançada plataforma Cesta de Consumo Horus & FGV Ibre anunciou, na última quarta-feira (16/02), que o Rio de Janeiro (RJ) foi a capital com a cesta básica mais cara do país no mês de janeiro, no valor de R$ 818,10. Logo atrás, aparece São Paulo (SP), onde os principais alimentos custam R$ 776,12, seguida por Fortaleza (CE), com custo de R$ 690,59.
Ainda de acordo com o levantamento, o valor médio da cesta de consumo básico de alimentos de janeiro sofreu um aumento em relação ao mês anterior em sete das oito capitais analisadas.
As maiores altas na cesta básica ocorreram em Belo Horizonte (MG), com aumento de 4,5%, Curitiba (PR), com 3,9%, e Salvador (BA), com 1,8%. Fortaleza, apesar de ser a terceira capital que apresentou a cesta básica mais cara do país em janeiro, sofreu uma leve redução de 0,4% no valor total dos principais alimentos. Enquanto isso, Brasília (DF) se manteve praticamente estável (0,1%).
Em praticamente todas as capitais brasileiras, os grupos de produtos que apresentaram aumento de preço mais expressivo na cesta básica foram os seguintes:
- Legumes: entre eles, batata, cebola e cenoura;
- Carne bovina;
- Café;
- Farinha de mandioca.
Os problemas climáticos são a principal razão do aumento dos legumes e do café, em decorrência da quebra de safras e consequente redução da oferta no mercado. Além disso, o aumento dos preços internacionais e a valorização do dólar têm sido um incentivo para a exportação, causando o aumento dos preços no mercado interno.
Já a alta no preço da carne bovina tende a ser um reflexo do aumento da demanda das festas de fim de ano e do término do embargo das exportações de carne bovina brasileira.
A escassez hídrica do ano passado também vem sendo responsável pelo aumento do preço da carne, já que causou prejuízos às lavouras de milho e soja e às pastagens, usadas na alimentação do gado.