Na última quarta-feira (02/02), foi unânime a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em aumentar a taxa básica de juros da economia, também conhecida como Selic. O aumento foi de 1,5 ponto percentual (saiu de 9,25% e foi para 10,75% ao ano). Essa elevação é a maior desde 2017, quando estava em 11,25%. A decisão promoverá um aumento no retorno dos investimentos de renda fixa.
Já a caderneta de poupança não seguirá a escalada da Selic, mantendo o mesmo patamar. O retorno permanece estagnado em 6,17% ao ano, acrescido da Taxa Referencial (TR). A poupança voltou à regra antiga desde o ano passado, quando deixou de contemplar 70% da taxa básica de juros e passou a desenvolver o rendimento fixo de 0,5% ao mês + TR (ou 6,17% ao ano acrescido da TR).
Essa regra segue a antiga poupança velha para aqueles que possuíam depósitos feitos até abril de 2012. O número atual baseado nos 10,75% ao ano da Selic gera um rendimento aproximado de 0,52% ao mês para depósitos antigos e novos da poupança. Essa rentabilidade corresponde a 6,68% ao ano com a inclusão da variação da TR.
Com a Selic nesses dois dígitos, os investimentos ficam mais em conta para quem se arrisca em renda fixa, como os títulos públicos que são vendidos por intermédio do Tesouro Direto, Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCI), entre outros.
De acordo com o Copom, a decisão se baseou no ambiente desfavorável do mercado externo, mantendo sobretudo a persistência da inflação que poderá provocar ainda mais aperto monetário nos Estados Unidos e devido a nova onda da COVID-19.