Quando as possibilidades de se contrair empréstimos consignados são flexibilizadas, deve-se agir com mais cautela, e não correr para os bancos. Abaixo você confere algumas dicas para evitar armadilhas no empréstimo consignado do INSS.
Em outubro de 2020 a Caixa Econômica Federal anunciou que a margem consignável dos empréstimos de aposentados e pensionistas foi ampliada.
A Caixa alterou de 30% para até 35% essa margem. Na prática, significa que os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social podem conseguir mais limite de crédito.
Mas vale ressaltar que esse novo limite tem prazo de validade, pois foi concedido por causa da pandemia da COVID-19.
Ou seja, salvo se não for prorrogado, quem não contrair ou renovar empréstimos até o final de 2020 perderá a chance.
Mas, antes de tomar qualquer decisão que implique em se endividar, considere a gravidade da decisão.
Sua renda ficará comprometida por anos (isto é, você receberá menos todo o mês durante anos).
Pense bem se o sacrifício será mesmo recompensador.
A nova margem de crédito
O empréstimo consignado do INSS é uma boa opção de crédito, pois cobra juros razoáveis, comparados aos que são praticados por outras empresas financeiras.
As taxas desse tipo de crédito podem variar de 1,34% e 1,50% e o prazo de pagamento – por ser bastante garantido, já que sofre desconto na fonte – é de até 84 meses.
Com a nova margem, um beneficiado que recebe R$ 2 mil mensais pelo INSS e podia obter empréstimo de até R$ 29,6 mil, com a margem margem consignável em 30%, passa a poder contratar empréstimos de até R$ 34,5 mil, com a nova margem (35%). Para os que recebem benefício de R$ 5 mil, o valor do empréstimo passa de R$ 68,5 mil para R$ 79,9 mil. (Fonte: Agência Brasil)
Dicas para evitar armadilhas no empréstimo consignado do INSS
É importante que o beneficiário do INSS não se iluda com esse aumento de margem consignável.
Afinal de contas, se ele se deixar levar por mais empréstimos, pode acabar comprometendo sua subsistência.
Dessa forma, é recomendável que esse tipo de empréstimo seja utilizado para algo que realmente valha a pena.
Por exemplo, é indicado para quem está com o nome sujo na praça por causa de dívidas extremamente caras.
É sempre mais vantajoso se livrar dos juros de cartões de créditos e de cheques especiais por meio de um crédito consignável. Antes, é preciso fazer um bom acordo para quitar a dívida.
Não se deixe assediar pela publicidade
Outro ponto a ficar atento, principalmente naquela população mais idosa ou menos esclarecida, é não ceder a todo tipo de publicidade, na maior parte das vezes abusiva.
Essas propagandas feitas por telefone buscam seduzir o cliente a contrair algo, ressaltando as possíveis vantagens do negócio.
Portanto, se esse for seu caso, bloqueie os telefones de anunciantes que insistirem demais. Livre-se dos assediadores de plantão, que geralmente ganham alguma comissão para “bater suas metas de vendas de empréstimos”.
Verifique seu extrato mensalmente para não cair em fraudes!
Muitos beneficiários já foram pegos de surpresa ao descobrir um empréstimo consignado feito em sua conta sem a devida autorização.
Para não cair nesse tipo de golpe analise atentamente seu extrato mensal.
Se algum desconto estiver sendo feito sem sua anuência, procure o INSS e procure sua agência bancária, converse diretamente com o gerente e se livre desse problema.
Cuidado redobrado com senhas e assinaturas
Não assine documento algum que não tenha consciência do que seja. Leia tudo o que for preciso assinar. Se não consegue ler, ou não entende as cláusulas, busque orientação.
A outra dica suprema é: não forneça sua senha do cartão de saque para estranhos em momento algum!
Se você não tiver outra opção (por exemplo, vender uma casa, um terreno, um veículo de transporte), e precisa mesmo fazer um empréstimo, procure sempre o banco devidamente credenciado para isso.
O banco que for lhe emprestar precisa ser credenciamento com o INSS. Na dúvida, procure o banco onde você recebe seu benefício e busque orientação do gerente ou outro funcionário habilitado.
Não confie em folhetos recebidos nas ruas ou pessoas que possam lhe abordar em um momento de pressa para lhe oferecer empréstimos.
Analise os juros praticados
Por último, uma dica que não podia faltar: COMPARE AS TAXAS DE JUROS.
Os bancos e as outras instituições financeiras têm liberdade para praticar os juros que achar conveniente, desde que dentro daquela taxa máxima imposta pelo Banco Central.
Então é sempre importante comparar as taxas cobradas no seu banco de origem com a de outros bancos.