Desde o mês de outubro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou o retorno da bandeira tarifária normal da conta de luz. Porém, a área técnica da Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel já sinalizou que haverá uma necessidade de aumento na tarifa em 2022. Isso significa que, no próximo ano, o valor poderá triplicar em relação ao reajuste que poderá vir a acontecer.
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A PSR, que é uma das maiores consultorias do setor elétrico, torna como certo que pelo menos 5% já está incluso no reajuste para 2022. Com a extinção da bandeira de Escassez Hídrica, o setor terá que promover um reajuste elevado na tarifa da conta de luz elétrica. Os cálculos incluem a alta do dólar, mas não prevê os gastos com combustíveis utilizados para acionar as termelétricas, por exemplo.
Devido ao fato de o país está gerando uma energia mais cara, esses valores que são integrados à tarifa seriam cobrados no próximo ano. Nesse contexto, fariam parte do cálculo de reajuste anual promovido pelas distribuidoras. A bandeira de Escassez Hídrica estava acrescentando R$ 14,20 para cada 100 quilowatts-hora que eram consumidos, tendo o possível retorno em abril do próximo ano.
O país enfrenta uma forte crise hídrica, avaliada pelos dados técnicos como a maior dos últimos 91 anos. A partir desta situação em que as hidrelétricas não conseguiam manter a produção e o país chegou à beira de um colapso de energia, é que o governo passou a utilizar as usinas termelétricas que consomem muito mais gastos para serem acionadas.
O custo de produção foi dividido com o brasileiro que passou a pagar mais pela conta de luz. Em ofício da superintendência de Gestão Tarifária da Aneel, o superintendente adjunto de gestão tarifária, Cláudio Elias Carvalho, informa que as estimativas apontam para um impacto tarifário em 2022 na casa dos 21,04%. Todavia, esse valor de reajuste ainda passa pelo crivo da diretoria da Aneel.