A inflação tem prejudicado o contexto dos que estão mais vulneráveis no país, sendo, desse modo, beneficiários de programas sociais de transferência de renda. Conforme informações publicadas pela imprensa, baseadas em dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), beneficiários do Bolsa Família possuem o pior poder de compra com a alta da inflação.
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Desde os últimos sete anos, os beneficiários do Bolsa Família vivem o pior momento para aquisição da cesta básica. Os números revelam que a média do valor do benefício, de R$ 189, é suficiente para comprar apenas 30% dos itens que compõem uma cesta básica. E o que é ainda pior: para apenas uma pessoa.
A alta da inflação tem sido o “calcanhar de Aquiles” do governo que, por sua vez, tem tomado atitudes econômicas criticadas por vários órgãos. Um dos exemplos das ações na economia que contribuíram para a alta de muitos índices inflacionários é o número elevado nas exportações. Isso cria uma concorrência no mercado interno.
Essa política chegou a ser alvo de críticas da supervisora de preços do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Patrícia Costa. Ela relatou o alto índice de exportações no período de pandemia. Para a especialista, a ideia era manter uma contenção de exportações devido ao desconhecimento das proporções do atual contexto.
Na busca por aumentar o poder de compra de beneficiários do programa social, o relator da Medida Provisória que cria o Auxílio Brasil (novo Bolsa Família), Marcelo Aro (PP-MG), quer que seja incluído um reajuste anual no benefício. Isso baseado na inflação, o que poderá proporcionar ao cidadão uma capacidade de compra maior.
Atualmente, isso não ocorre porque os reajustes no Bolsa Família são discricionários, ou seja, depende do orçamento e não é uma obrigação legal.