Como o Governo Federal não anunciou nenhuma extensão para o auxílio emergencial em 2021 e dezembro marca o fim do auxílio de R$ 300. Em novembro, o ministro da economia, Paulo Guedes, já havia falado que com o fim do benefício emergencial a melhor opção era investir no Bolsa Família.
Durante um evento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o economista disse que a COVID-19 está diminuindo sua incidência no Brasil e a economia está voltando a girar. Ontem, 27 de dezembro, o país chegou aos 191.139 mortos pela doença.
“A resposta hoje, se você perguntar assim, qual o plano para o auxílio emergencial? Remoção gradual… acaba o auxílio emergencial. Que já foi 600, caiu para 300 e ele acaba, nós voltamos para o Bolsa Família”, disse Guedes na ocasião.
Fim do auxílio de R$300 e do estado de calamidade pública
Além do fim do auxílio de R$ 300, acaba também no dia 31 de dezembro de 2020 o estado de calamidade pública no Brasil. Isso significa que o Governo Federal não poderá mais usar nenhuma verba emergencial para programas de benefícios no combate à pandemia do Novo Coronavírus.
Mesmo com a curva constante dos casos da doença no Brasil, o Planalto não sinalizou nenhuma extensão do auxílio emergencial que serviu como assistência financeira para 67,2 milhões de brasileiros durante o ano.
Novo Bolsa Família
A pasta da Economia do Governo Federal chegou até a tentar criar um “novo Bolsa Família”, que seria mais amplo e com parcelas de valores maiores. Porém, os projetos do Renda Brasil/ Renda Cidadã não saíram do papel e o Governo decidiu manter o Programa Bolsa Família (PBF).
O Ministério da Cidadania, responsável pelos programas de assistência, encaminhou para o Planalto Central uma proposta de ampliação do PBF. Se aprovada, o benefício passa a ter parcelas de R$ 200 e a atender mais 300 mil famílias.
Atualmente, o Bolsa Família atende 14,2 milhões de famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza no Brasil. Porém, a fila de espera do programa já está em 1 milhão, então mesmo com a extensão do benefício, 700 mil famílias ficariam desassistidas em 2021.
Bolsonaro não fala sobre prorrogação
No dia 24 de dezembro, véspera de Natal, o presidente Jair Bolsonaro foi questionado por um de seus apoiadores na porta do Palácio do Planalto a respeito da possível extensão do auxílio emergencial. Ele respondeu “pergunta para vírus”.
E continuou: “a gente se prepara para tudo, mas tem que esperar certas coisas acontecerem. Esperamos que não seja necessário porque é sinal de que a economia vai pegar e não teremos novos confinamentos no Brasil”.