Mesmo com sinalizações negativas sobre o auxílio emergencial em 2021, alguns parlamentares continuam levantando a possibilidade. É o caso do relator do programa, Alessandro Vieira (Cidadania/SE). O senador elaborou uma proposta para autorizar novas parcelas de R$ 300 para o ano que vem. Até porque, segundo sua justificativa, a prorrogação do benefício continuará sendo necessária para milhões de brasileiros.
“A pandemia não se encerrou e as condições necessárias para a retomada do mercado de trabalho não estão impostas. Não temos um plano de vacinação adequado, não temos uma retomada consistente. Deixar a situação ao abandono não se pode fazer, não tem como se imaginar que milhões de brasileiros vão abaixo da linha da pobreza [sem auxílio emergencial em 2021]”, destacou Vieira para à Jovem Pan.
Caso a proposta seja levada adiante, o auxílio emergencial poderá ser prorrogado até o mês de março de 2021. O governo brasileiro tenderá a gastar cerca de R$ 50 bilhões com as novas cotas do benefício, sendo repassadas para aproximadamente 60 milhões de brasileiros. Lembrando que, com a prorrogação do programa, o estado de calamidade pública também deverá ser estendido.
Auxílio emergencial em 2021 ainda é uma possibilidade?
O relator do auxílio emergencial e autor da nova proposta, Alessandro Vieira, disse que o país precisa manter a estabilidade social em meio à crise ocasionada pela pandemia. “Por conta da inércia do governo federal, é impossível ter um programa nacional de vacinação em execução antes de março”, explicou Vieira no dia 14 de dezembro de 2020, quando apresentou a proposta de prorrogar o auxílio emergencial em 2021.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, já informou que não pretende aprovar novas parcelas do benefício. Essa possibilidade somente será cogitada com uma nova onda da COVID-19 dentro do contexto brasileiro. Além do mais, o presidente da Câmara disse que não colocará a prorrogação do auxílio em pauta. Pelo menos não até o mês de fevereiro de 2021.
“Nenhum desses assuntos será pautado na Câmara até primeiro de fevereiro [prorrogação do auxílio emergencial e estado de calamidade pública]. O governo que esqueça isso. Aqueles que sonham com um jeitinho na solução para o teto de gastos que aproveitem a chegada do próximo presidente da Câmara, que terá a coragem de ser o responsável por uma profunda crise econômica e social deste país”, afirmou Rodrigo Maia.