Faltam menos de cinco dias para o fim de 2020, e o Governo Federal ainda não anunciou nenhuma forma de continuidade do auxílio emergencial no próximo ano. Assim que o dia 31 de dezembro chegar, tanto o benefício como o estado de calamidade pública acabarão no país.
O auxílio emergencial é parte de uma série de políticas públicas criadas para conter a crise causada pela pandemia de COVID-19, que ainda não acabou. Ontem, dia 26 de dezembro, o Brasil chegou aos 190.795 mortos pela doença, sendo o terceiro país com mais casos no mundo.
O que sabemos sobre o auxílio emergencial no próximo ano?
O benefício foi criado para ajudar os trabalhadores informais que perderam suas rendas com o isolamento social. No início, o Governo pagou cinco parcelas de R$ 600 – ou R$ 1.200 para mães solo – aos brasileiros que se encaixavam nos critérios.
Já na segunda fase do auxílio emergencial, novos requisitos foram adotados e as parcelas passaram a ser de R$ 300, que começaram a ser pagas em setembro e terminam no mês de dezembro. Dados divulgados pela Caixa mostram que 67,9 milhões receberam o benefício.
Mas, para 2021, o Governo Federal não anunciou nenhuma prorrogação do auxílio emergencial. A primeira tentativa dos governantes era de criar um “novo Bolsa Família”, que seria mais amplo e com parcelas de maior valor. Porém, o Programa Renda Brasil/ Renda Cidadã nunca saiu do papel.
Bolsonaro é contra prorrogação
A única certeza para o próximo ano é a ampliação do Programa Bolsa Família (PGM), que atende cerca de 14 milhões de famílias. No início do mês, ao visitar Foz do Iguaçu, no Paraná, o presidente Jair Bolsonaro disse que uma extensão do auxílio seria “o caminho certo para o insucesso”.
“Nada mais dignifica o homem do que o trabalho (…) Alguns querem perpetuar tais benefícios. Ninguém vive dessa forma. É o caminho certo para o insucesso. E temos que ter a coragem de tomar decisões”, afirmou o presidente na ocasião.
Em uma fala na porta do Palácio do Planalto, o presidente foi questionado por um de seus apoiadores sobre a extensão do auxílio emergencial e respondeu “pergunta para o vírus”. Segundo Bolsonaro, o vírus já está “de partida do Brasil” e a economia está voltando a girar.
“A gente se prepara para tudo, mas tem que esperar certas coisas acontecerem. Esperamos que não seja necessário porque é sinal de que a economia vai pegar e não teremos novos confinamentos no Brasil”, disse o presidente da república na véspera de natal.