Foi divulgada uma pesquisa, na última quinta-feira (28), que reuniu pesquisadores do Brasil, Estados Unidos e Espanha sobre a eficácia da AstraZeneca, vacina imunizante contra a COVID-19. Os resultados foram animadores.
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Publicada através da revista científica Nature Communications, a pesquisa apontou que a vacina produzida no Brasil pela Fiocruz respondeu com alta eficácia e proteção contra a variante gama em pessoas acima dos 60 anos.
Essa pesquisa foi realizada em São Paulo e demonstrou de forma objetiva que cerca de 30% de proteção contra o resultado morte foi acrescido nos resultados pós-vacinação. Dessa forma, aumentam as chances de idosos não morrerem em decorrência do vírus, caso eles já tenham sido vacinados com as duas doses da vacina da AstraZeneca.
A pesquisa reforçou a busca por aqueles que ainda não tomaram a segunda dose e fazem parte dessa faixa etária. Conforme informações da revista científica, o estudo foi liderado por Julio Croda, pesquisador da Fiocruz em Mato Grosso do Sul.
A pesquisa objetivou, sobretudo, ter mais dados sobre a efetividade da vacina na população dentro dessa faixa etária nos países em que existe um alto índice de casos confirmados com a variante gama. Um dos critérios estabelecidos para escolher São Paulo como base das pesquisas é o fato de ser o maior índice populacional do país e que teve três picos da da COVID-19.
O estado teve, ao todo, 3,89 milhões de casos, resultando em 130 mil mortes. Esses dados foram contabilizados até 9 de julho. Até o fechamento desta matéria nesta sexta-feira (29/10) a variante gama teve um aumento na prevalência de 80,2% durante as duas últimas ondas da doença no estado paulista (entre março e maio de 2021).
Foram submetidos a testes 61.164 pessoas por meio do exame de RT-PCR. A metodologia compara pessoas que tiveram resultado positivo para a COVID-19 e outro mesmo número para pessoas que não testaram.
Nesse contexto, os testes mostraram que, em 28 dias, logo após procederem com a primeira dose, a efetividade da vacina era de 33,4% em comparação com a COVID-19 sintomática, que marcou 55,1%. A taxa de internação hospitalar ficou em 61,8% comparando com a morte entre idosos.
Numa segunda fase de testes após 14 dias da segunda dose, ficou notado que a efetividade avançou para a casa dos 77,9% em detrimento da doença sintomática, que ficou em 87,6%. A pesquisa denotou que a aplicação das duas doses chega a uma proteção de, em média, 93,6%.