O autismo é um tipo de neurodiversidade que se manifesta, de modo resumido, por meio de características relacionadas à comunicação e ao comportamento. O espectro autista é dividido em níveis que variam de acordo com o grau de suporte que cada pessoa necessita — algumas pessoas são não-verbais, outras precisam de acompanhamento terapêutico na escola, outras têm dificuldades motoras, etc.
O grau um de suporte, que até pouco tempo era conhecido como Asperger, é chamado de “autismo leve”, o que pode gerar confusão e até mesmo preconceito por parte da sociedade. É comum, portanto, que autistas grau 1, tenham seus diagnósticos questionados por pessoas leigas e até mesmo profissionais que acham que eles “não têm cara de autistas”.
Por essas e outras, é preciso falar a respeito do assunto, desmistificar alguns conceitos e, claro, mostrar que pessoas autistas são totalmente normais e merecem respeito. A seguir, veja alguns famosos que são autistas e você talvez não saiba:
- Anthony Hopkins: Ator, vencedor do Oscar de Melhor Ator por “O Silêncio dos Inocentes”;
- Susan Boyle: Cantora, famosa por sua participação no “Britain’s Got Talent”;
- Greta Thunberg: Ativista do Meio Ambiente;
- Bill Gates: Fundador da Microsoft;
- Courtney Love: Cantora, compositora e atriz norte-americana;
- João Vitor Silva Ferreira: Judoca brasileiro, campeão mundial;
- Dan Harmon: Produtor responsável pela série “Rick e Morty”;
- Nina Marker: Modelo internacional;
- Elon Musk: Presidente da Tesla e da SpaceX.
Em muitas publicações sobre o assunto, o termo “Síndrome de Asperger” ainda é utilizado, o que desagrada a comunidade autista e, inclusive, já não faz parte da classificação oficial do CID-11, que agora utiliza o termo TEA (de transtorno do espectro autista) Nível 1.
O problema com a nomenclatura está no fato de que Hans Asperger, médico austríaco que deu nome à condição, colaborou com o regime nazista e enviou crianças com deficiência para campos de concentração. Ótima razão para não usar mais o termo, não é mesmo?
Mitos sobre o autismo
O transtorno do espectro autista é considerado um tipo de deficiência, mas muito do que é popularmente difundido a respeito do assunto não condiz com a realidade. Entre os mitos a respeito do comportamento de pessoas autistas, citamos alguns:
- Falta de empatia;
- Incapacidade de olhar nos olhos;
- Comportamento infantilizado.
Autistas fazem contato visual, conseguem sentir empatia e não devem ser infantilizados por meio de expressões como “anjo azul” e afins. Hoje, com a popularização das redes sociais, é cada vez mais fácil conhecer o trabalho de pessoas autistas e aprender a respeito desse tipo de neurodiversidade.
Leia mais sobre o assunto, respeite o diagnóstico de pessoas autistas e evite repassar informações incorretas sobre o espectro.