Quando o celular surgiu em 1973 ninguém imaginou que o aparelho se tornaria décadas depois um objeto indispensável no nosso dia a dia. Ele foi criado por Martin Cooper, à época engenheiro da Motorola. O dispositivo foi chamado de Motorola DynaTAC e somente foi liberado ao público dez anos depois do seu surgimento. Ele pesava 794 gramas, tinha 33 cm de altura, 4,5 de cm de largura e 8,9 cm de espessura, algo semelhante a um telefone sem fio.
O Motorola DynaTAC possuía uma tela de LED, um teclado numérico de base, um display de uma linha e uma bateria que apenas tinha a duração de uma hora quando em uso. O aparelho foi descontinuado em 1994.
No entanto, após o surgimento do Motorola DynaTAC, novos celulares foram surgindo ao longo dos anos, com tecnologias mais avançadas e oferecendo novos recursos, como envio de SMS, de e-mails, calendário, agenda, o formato QWERTY do teclado, entre outros. Outras empresas também começaram a lançar seus próprios aparelhos, como a Nokia que fez bastante sucesso nos anos 90. Como não se lembrar do jogo da cobrinha que vinha nos dispositivos da empresa?
Nessa época, os celulares eram objetos grandes e pesados. Mas no começo dos anos 2000, começaram a surgir os aparelhos ultrafinos e mais compactos. Nessa década, a câmera foi integrada ao dispositivo, além da tecnologia bluetooth.
O aparelho que de fato revolucionaria o nosso jeito de se comunicar e nos traria até os dias atuais foi o iPhone, que foi lançado pela Apple em 2007, dando o ponta pé inicial na era dos smartphones. Ele trouxe o teclado touchscreen multi-touch e a primeira plataforma de recursos para os celulares.
Após isso, outras empresas de telefonia, como a Motorola, Samsung e LG lançaram seus aparelhos semelhantes ao iPhone, proporcionando a inclusão de novas tecnologias e recursos aos celulares. Hoje, fazemos tudo na palma de nossa mão, como escrever textos, tirar fotos e gravar vídeos em alta resolução, assistir filmes e séries, ler livros, fazer compras, trabalhar, fazer reuniões e, claro, acessar as redes sociais.
Mas, apesar de ter hoje diversos recursos e tecnologias, que facilitam o dia a dia, um certo grupo de pessoas está abrindo mão dos smartphones para dar preferência aos celulares antigos, aqueles por meio dos quais apenas conseguimos fazer ligação, mandar SMS, o acesso à internet é precário e não há redes sociais. Mas quem são essas pessoas e por que os aparelhos de décadas passadas são hoje uma tendência? Descubra a seguir.
Celulares antigos: quem os usa e por que eles são a nova moda?
Os celulares antigos são os novos queridinhos da geração Z, jovens que nasceram no final da década 1990 e início dos anos 2010. Inclusive, esses aparelhos são um sucesso no TikTok, a rede social do momento em que há o compartilhamento de vídeos. Nela, os jovens fazem o chamado “unboxing”, ou seja, eles gravam vídeos retirando o dispositivo da caixa assim que recebem em suas residências. Mas não somente. Eles também fazem conteúdos explicando como utilizar o aparelho vintage.
Além dos jovens, algumas celebridades também estão aderindo ao uso dos celulares antigos, como é o caso das cantoras Camila Cabello e Rihanna, e da atriz Scarlet Johansson.
O modelo preferido de aparelho vintage entre os jovens e as celebridades é com o flip, aquele que pode ser dobrado. O primeiro aparelho desse modelo surgiu em 1996 e foi lançado pela Motorola. Mas somente faria sucesso anos mais tarde, no começo dos anos 2000. Quem não se lembra do famoso Motorola V3?
Pois bem, o uso de celulares antigos é hoje uma tendência por ele ser uma fuga ao uso excessivo da internet e das redes sociais. Hoje, ficamos conectados praticamente 24 horas por dia, afinal, fazemos tudo pelo smartphone. Inclusive, existem atualmente doenças causadas pelo uso exacerbado do dispositivo e, portanto, da internet, como a nomofobia, transtorno de sono, efeito google, síndrome do toque fantasma.
Há ainda os impactos em nosso corpo físico, como problemas na coluna, alteração na visão e perda auditiva. Ou seja, o uso excessivo da internet tem danos à nossa saúde mental e física.
Diante desse quadro, os jovens têm dado preferência aos celulares antigos, como uma forma de se desconectar e evitar de serem acometidos por doenças mentais e físicas por conta do uso contínuo da internet e dos smartphones.