Novo distúrbio cerebral imita a doença de Alzheimer; entenda

Pesquisadores acreditam que diferenciar o LATE do Alzheimer ajudará no desenvolvimento de medicamentos para tratar ambas as doenças.

Uma equipe de pesquisa liderada por cientistas da Universidade de Kentucky deu um nome a mais uma condição que causa demência. Eles chamam isso de encefalopatia TDP-43 relacionada à idade com predominância límbica ou LATE.

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Assim como o Alzheimer, LATE também causa perda de memória, mas seus sintomas tendem a progredir mais lentamente do que a doença de Alzheimer e só aparece em adultos com mais de 80 anos.

A patologia que causa o LATE é completamente diferente do que causa outras formas de demência. Em vez de acúmulos de placas amiloides disformes e aglomerados de tau (proteínas que aparecem normalmente no cérebro), como é característico no Alzheimer, o LATE resulta em proteínas disformes chamadas TDP-43 em três regiões do cérebro: amígdala, hipocampo e giro frontal.

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De acordo com a pesquisa da equipe, estimativas de estudos de autópsia sugerem que o LATE pode ocorrer em até 25% dos adultos com mais de 80 anos. E pode estar prejudicando as tentativas de desenvolver tratamentos para outras condições, como o Mal de Alzheimer.

O que é LATE?

LATE é mais um tipo único de deterioração que causa demência. A demência é qualquer condição que prejudique as funções cognitivas de uma pessoa – memória, comportamento, tomada de decisão – a ponto de interferir na vida cotidiana.

Ao longo dos anos, os cientistas aprenderam que existem várias causas diferentes de demência, a maioria das quais é resultado de um acúmulo anormal de proteínas deformadas. Embora a demência em termos de sintomas possa parecer semelhante entre os pacientes, pode haver causas totalmente diferentes.

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Embora pareça que a progressão do LATE seja relativamente lenta, quando os pacientes têm tanto o LATE quanto a doença de Alzheimer, eles se deterioram muito mais rapidamente.

Importância da descoberta

Ao chegar a um consenso sobre o que realmente é o LATE, os cientistas podem começar a trabalhar na identificação de biomarcadores para a doença e, eventualmente, tratamentos potenciais.

Talvez mais importante, isso significa que eles podem discernir melhor quais pacientes podem ser adequados para ensaios clínicos para outros tipos de demência.

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É provável que parte da razão pela qual tantos ensaios clínicos de Alzheimer tenham falhado seja porque alguns participantes também tiveram LATE.