Quando os primeiros casos de contaminação pelo vírus HIV foram noticiados, na década de 1980, a população entrou em pânico diante da notícia de que não havia cura. Hoje, felizmente, a situação parece estar mudando.
De acordo com os relatórios médicos de um paciente infectado pelo vírus desde os anos 1980, temos mais um sucesso de tratamento e cura do HIV. Em remissão há mais de 17 meses depois de se submeter a um transplante de medula, o paciente é agora a quarta pessoa no mundo que pode ser considerada curada.
O transplante foi realizado para o tratamento de uma leucemia, e a pessoa que concordou em ser doadora era naturalmente resistente ao vírus.
O paciente em remissão tem 66 anos e pediu para não ter seu nome divulgado. Desde o transplante, interrompeu o uso de medicamentos para o HIV e, agora, se sente grato por saber que o vírus não está mais presente em seu organismo.
O tratamento ocorreu em um hospital da Califórnia, nos EUA, e o paciente agora recebeu a alcunha de “City of Hope”, que pode ser traduzido como “Cidade da Esperança”. Ele, que perdeu amigos em decorrência do vírus, hoje comemora seu novo estado de saúde.
Feito impressionante
Em uma declaração, o paciente afirmou que, quando recebeu o diagnóstico, em 1988, imaginou que aquela era a sua sentença de morte. “Nunca pensei que viveria para ver o dia em que não tivesse mais HIV”, disse ele.
Em 2011, um caso semelhante aconteceu com um paciente chamado Timothy Ray Brown, que foi considerado o primeiro do mundo a ser curado. Mais três casos parecidos foram registrados desde 2019 em outras regiões do mundo.
Ainda que a notícia seja boa, é preciso entender que isso não significa que as milhões de pessoas infectadas pelo vírus devem se submeter a transplantes de medula. Por enquanto, a melhor opção é manter o tratamento com medicamentos de ação antirretroviral, como o AZT.
Esses medicamentos, quando usados da forma correta, inibem a proliferação do vírus e, com o tempo, podem até mesmo impedir a transmissão. O ideal, no entanto, é manter relações sexuais com o uso de preservativo e de tratamentos preventivos, como o PREP, usado por pessoas que se relacionam com portadores de HIV.