Se você já notou que assuntos relacionados à saúde mental estão sendo cada vez mais debatidos, possivelmente se deparou com conteúdos relacionados ao cada vez mais recorrente transtorno de ansiedade.
Diferentemente daquela ansiedade comum, que sentimos antes de uma prova ou entrevista de emprego, por exemplo, o transtorno de ansiedade é uma questão séria e que chega a ser incapacitante, quando não diagnosticada e tratada corretamente.
Para entender mais sobre esse assunto, o Tudo Bahia conversou com a psicóloga Ketlin Monteiro Felipe de Oliveira. Graduada em 2018, Ketlin hoje trabalha em Aparecida de Goiânia – GO, onde exerce a função de Psicóloga Hospitalar.
O que é o transtorno de ansiedade?
Ela nos explicou que “a ansiedade é uma resposta normal frente às demandas do ambiente. Dessa forma, certo grau de ansiedade é esperado, uma vez que esta consiste em um mecanismo adaptativo que exerce um papel na resposta que o indivíduo fornece aos “perigos” e demandas do ambiente”.
Segundo a psicóloga, a ansiedade passa a ser um transtorno psiquiátrico “quando sua intensidade, duração ou frequência se tornam desproporcionais e causam sofrimento e prejuízo para o sujeito”.
Nesses casos, a pessoa convive frequentemente com emoções desagradáveis, mesmo quando não está diante de qualquer estímulo ou perigo.
Ketlin explicou também que o transtorno de ansiedade generalizada (TAG) pode provocar alguns sintomas físicos clássicos, como:
- Tensão muscular;
- Dor;
- Fadiga;
- Cefaleia;
- Queimação no estômago;
- Taquicardia;
- Tontura;
- Formigamento;
- Sudorese fria;
- Insônia;
- Dificuldade de concentração.
O TAG também costuma desencadear sintomas psicológicos, através de alguns comportamentos:
- Preocupação excessiva sobre diversos acontecimentos ou atividades;
- Apreensão ou temor pelo pior;
- Preocupações de difícil controle;
- Preocupações difusas e excessivas;
- Hipervigilância;
- Irritabilidade aumentada;
- Tensão subjetiva.
Esses sintomas podem ser constantes, como no caso do TAG, ou podem ser desencadeados por meio de crises de ansiedade, que são intensas e abruptas.
Sabendo disso, sua primeira dúvida pode ser em relação a como controlar a situação, certo? Ketlin nos explica que, quando o indivíduo entra em sofrimento psíquico e sente os prejuízos do transtorno, esse controle pode ser mais difícil, mas não impossível.
Ela recomenda que pessoas com transtorno de ansiedade aprendam a fazer exercícios de controle respiratório, focando sempre na inspiração e na expiração, de modo a encher bem os pulmões de ar, com ritmo reduzido de respiração.
Além disso, é fundamental buscar diagnóstico e tratamento. O ideal é conciliar o acompanhamento psiquiátrico com o psicoterapêutico, ou seja: ir ao médico psiquiatra e também ao psicólogo. Se esse for o seu caso, busque ajuda! Sua vida pode melhorar muito com o acompanhamento especializado!