Sua avó já deve ter dito, em algum momento, que o feijão nosso de cada dia é o responsável pela produção de gases em excesso. O mesmo é dito a respeito da aveia, esse ingrediente saudável e versátil da sua cozinha.
Para comentar o assunto, a equipe do Tudo Bahia chamou a nutricionista Hortência Kettelen Souza Luz, que é formada pela Universidade Federal de Goiás e, atualmente, integra a equipe de residência em Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas, da mesma instituição (HC / UFG).
Ela nos explicou que os alimentos que mais causam gases são justamente aqueles com altas quantidades de fibras e carboidratos. A combinação desses dois elementos em nosso intestino gera fermentação, para que eles sejam digeridos adequadamente, e a fermentação resulta no aumento da produção de gases.
Esse aumento provoca sintomas bastante desagradáveis, como flatulência, inchaço e, em alguns casos, cólicas intestinais. Cada pessoa reage de uma forma a esse processo digestivo, por isso é comum encontrarmos quem tem problemas sempre que consome alimentos fibrosos e também quem não sente nada diferente depois de uma bela feijoada.
De acordo com Hortência, os alimentos que mais causam gases durante o processo de digestão são:
- Feijão;
- Brócolis;
- Frutas;
- Leite e seus derivados;
- Refrigerantes;
- Aveia.
É importante entender que isso não quer dizer que você deve deixar de comer feijão, por exemplo. O ideal é reconhecer os sintomas e, caso você note que fica com mais gases depois do almoço, preparar o feijão de forma diferente.
Um método que reduz a fermentação do feijão é deixar os grãos de molho em água fria, de um dia para o outro, antes do preparo. Isso muda a consistência do feijão, facilita a digestão do alimento e, por consequência, reduz a produção de gases. O método é válido para outras leguminosas, como a lentilha, a ervilha e o grão-de-bico.