A diretora-geral adjunta de acesso a medicamentos e produtos farmacêuticos da OMS (Organização Mundial da Saúde), a brasileira Mariângela Simão, disse em entrevista à Globo News, na última segunda-feira (17/1), que a pandemia ainda não está em sua final.
Isso porque, conforme explicou Mariângela, o novo coronavírus é um vírus muito versátil e que sofre mutações com muita facilidade. Ela acrescentou que discussões a nível global vem sendo feitas e “parece” que o coronavírus se tornará endêmico.
Uma doença é endêmica quando ela se faz presente de forma constante na população. Além disso, ela segue padrões previsíveis e ocorre em um nível esperado, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doença (CDC) dos EUA.
Não é o momento de baixar a guarda
Durante a entrevista, a diretora ressaltou que ainda não é o momento para baixar a guarda, já que a variante Ômicron tem se mostrado mais transmissível do que as anteriores, causando a sobrecarga do sistema de saúde.
Segundo Mariângela, é improvável que a Ômicron seja a última variante do novo coronavírus pelo fato de que uma grande da população mundial ainda não foi vacinada, nem mesmo com a primeira dose.
As vacinas continuam efetivas
A diretora da OMS afirmou que as vacinas contra o novo coronavírus continuam a serem efetivas para diminuir os casos de hospitalização e morte, tanto assim o é que a grande parte das pessoas que necessita de hospitalização é composta por não vacinados.
Ela ressalta, no entanto, que “muito provavelmente” as vacinas precisarão ser adaptadas no futuro para fórmulas que evitem também a transmissão e infecção, já que as atuais “funcionam muito bem” para a prevenção de casos graves e mortes, não funcionando tão bem para prevenir a transmissão e a infecção.