Para manter o organismo funcionando de forma saudável, é importante ter uma boa noite de sono. Mas será que o trabalho híbrido (quando o funcionário trabalha alguns dias dividido entre o presencial e o home office) pode trazer prejuízos ao sono?
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Com a pandemia da COVID-19, muitas empresas acabaram aderindo ao modelo home office. Com a diminuição dos casos da doença, alguns trabalhadores passaram a realizar o trabalho híbrido. Agora, uma pesquisa denota que essa forma de trabalho pode causar dificuldades, gerando um sono irregular.
De acordo com informações da Agência Brasil, os pesquisadores do Instituto do Sono constataram que as mudanças constantes no horário de trabalho podem, ao longo do tempo, provocar até mesmo insônia. A causa é explicada na quebra da rotina diária do trabalhador.
Ele precisa acordar mais cedo no dia que vai realizar as atividades presenciais porque necessita de tempo para se arrumar e se deslocar até a empresa. Essa rotina é completamente diferente quando fica em casa.
Para o portal de notícias, o biomédico e pesquisador do Instituto do Sono, Gabriel Natan Pires, relatou que esse formato de trabalho prejudicou o trabalhador. “As empresas flexibilizaram o trabalho que não tiveram mais receio de mandar um e-mail à meia-noite, esperando resposta”.
Pires explicou, também, que o trabalhador necessita ter uma rotina para ter um sono tranquilo à noite. Sendo necessário horário predeterminado para as atividades de trabalho, para descansar, comer, se divertir. A ausência desses horários acaba confundindo o cérebro e causando prejuízos ao sistema imunológico.
Para ajudar nesse bom funcionamento, é preciso manter as rotinas de horários de trabalhos que são realizadas no modelo presencial. “Esse esquema dará certo se a corporação zelar pela saúde mental do colaborador e o profissional não abrir mão do seu sono para aumentar a produtividade”, ressaltou o pesquisador.
Pesquisa constata queda no sono na pandemia
Um levantamento feito pelo Instituto do Sono constatou que 55,1% dos 1.600 entrevistados acabaram tendo uma queda na qualidade do sono na pandemia. Nesse período, muitos trabalhadores estavam realizando as atividades home office.
As causas podem ser pontuadas indo da preocupação com os riscos da doença, medo, insegurança financeira, preocupação com os familiares e amigos, além da modificação na rotina de trabalho. Mais de 8 milhões de pessoas (11% dos brasileiros) acabaram realizando trabalho remoto em 2020, de acordo com os dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Desse total, 63,9% eram funcionários de empresas privadas. Importante lembrar que o trabalho remoto acabou aumentando também a jornada de serviços porque foi preciso que o trabalhador se dividisse em casa.
O pesquisador diz ser necessário que o sono seja também uma prioridade para a pessoa. “Se eu entender que quero dormir por volta das 22h, devo entender que a partir das 20h eu já tenho que começar a desacelerar. O sono tem que ser permitido e natural”, concluiu.
Com informações da Agência Brasil.