O jornal The Lancet, especializado em divulgação de pesquisas científicas, publicou, nesta segunda-feira (13), o resultado de um estudo que avaliou a necessidade de reforço dos imunizantes contra a COVID-19.
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A pesquisa foi realizada com a participação do Food and Drug Administration (FDA), uma instituição estadunidense que trabalha com o controle de alimentos, suplementos, medicamentos e outros produtos, de forma semelhante à atuação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Conforme os dados analisados, chegou-se à conclusão de que a terceira dose das vacinas não é indicada para todas as pessoas, pelo menos por enquanto. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também fez parte do levantamento que confirma o que já vem sido dito há algum tempo.
As vacinas, mesmo que apenas com duas doses, já bastam para evitar casos graves da doença e a necessidade de internamento, mesmo passados meses da aplicação.
Eficácia em longo prazo das vacinas contra a COVID-19
Ainda que a eficácia das vacinas diminua com o tempo, os pesquisadores afirmaram que, em relação à proteção contra os casos graves da doença, o imunizante tende a continuar fazendo efeito. Os pesquisadores informaram, então, que não há necessidade da dose de reforço, pelo menos não na atual conjuntura da pandemia.
De qualquer forma, eles afirmam que, caso surja alguma variante mais forte ou se houver novos estudos a respeito de uma redução da imunidade proporcionada pela vacina, novas diretrizes sobre a terceira dose serão divulgadas. A aplicação da dose de reforço, antes do intervalo necessário, pode provocar miocardite, uma doença cardíaca inflamatória, além dos efeitos colaterais já conhecidos.
Em agosto, o plano de imunização do FDA recomendava uma terceira dose após oito meses da segunda aplicação das vacinas da Moderna e Pfizer. No entanto, a medida vem recebendo críticas de outros especialistas.
Nesse último estudo divulgado recentemente pelo The Lancet, a conclusão foi a de que a dose de reforço pode não ser indicada para todas as pessoas, especialmente pacientes transplantados, portadores do vírus do HIV ou quem está em tratamento contra o câncer.