Um total de 7,3 milhões de brasileiros estão trabalhando em home office, segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Passando mais tempo em casa e em frente às telas, muitas vezes em espaços que foram improvisados por conta do isolamento social repentino imposto pela Covid-19, esses profissionais devem redobrar a atenção com relação à ergonomia.
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Na definição do manual desenvolvido pelo departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC), “a ergonomia é uma ciência de abordagem interdisciplinar, que visa adaptar o ambiente de trabalho ao trabalhador.” Na prática, essa adaptação é realizada considerando aspectos físicos, fisiológicos e psicossociais.
Desta forma, a ergonomia contribui para a prevenção de uma série de problemas de saúde, como aqueles relacionados à postura incorreta: dores nas costas, na cabeça e no pescoço, cifose, insônia, lesões, dentre outros. “As implicações da má postura para a saúde são inúmeras”, alerta o médico ortopedista da Rede D’Or São Luiz e especialista em cirurgia da coluna, Luís Eduardo Carelli.
Como adaptar o ambiente para home office
A implantação de um home office em caráter de urgência pegou muitos trabalhadores de surpresa e nem todos tinham os móveis adequados para assegurar uma postura correta ao longo do dia. Mas a situação que era prevista como temporária tende a se tornar permanente em muitas empresas, como já apontado por estudos recentes.
Pesquisa realizada pela consultoria KPMG com 361 executivos do país revelou que 87,3% pretendem formatar um sistema híbrido de trabalho após a pandemia, que mescla dias de atividades presenciais e outros de atuação remota.
Para garantir uma boa saúde durante o home office, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) orienta “usar cadeiras com encosto, firmar os pés no chão e manter os pulsos apoiados na mesa”.
Ainda com relação ao assento, o ideal é que as costas fiquem retas e apoiadas. Também é indicado o uso de almofadas de apoio para maior conforto da região lombar Já as pernas devem formar um ângulo de 90º.
Outra recomendação é manter ombros e pescoço relaxados. Posicione a tela do computador na altura do campo de visão para evitar inclinar-se. A SBOT alerta, ainda, para a importância de “fazer pausas, levantar a cada hora de trabalho, beber água, ter uma boa alimentação e praticar exercícios”.
Atenção aos sinais do corpo
De acordo com o manual da UFC, quando o ambiente de trabalho não está ergonomicamente adaptado, o profissional está sujeito a desenvolver sintomas como fadigas muscular e mental; alterações sensoriais como queimação e formigamento; dor; dificuldades para dormir, dirigir e manter-se na mesma posição por mais tempo. Estes sintomas indicam que algo não vai bem e podem evoluir para patologias crônicas.
A recomendação é observar os sinais dados pelo corpo e buscar ajuda profissional para identificar o problema, tratá-lo corretamente e evitar a sua evolução. Consulte um médico ortopedista para uma avaliação clínica e, se preciso, a realização de exames de imagem que possam auxiliar no diagnóstico.
Fonte: Agência Experta Media