Foi divulgado nesta quarta-feira (13/01), que o governo federal requisitou mais 30 milhões de seringas e agulhas.
A informação foi divulgada pelo superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo), Paulo Henrique Fraccaro, durante entrevista à TV Globo.
No início de janeiro de 2021, o Ministério da Saúde já havia solicitado outras 30 milhões. Agora elas totalizam 60 milhões de seringas e agulhas para utilização pelo governo federal.
Governo requisita mais seringas e agulhas
As indústrias solicitadas serão obrigadas a fornecer 60 milhões de seringas e agulhas ao governo. Esse tipo de requisição, chamada de administrativa, é um recurso previsto na Constituição, onde o poder público pode usar temporariamente bens privados em caso de “iminente perigo público”. Pela regra, o governo deve assegurar indenização, “se houver dano”.
De acordo com o superintendente da Abimo, o governo fez a requisição administrativa do material de três empresas, sendo que para cada uma pediu 10 milhões de seringas de 1 ml, para entrega até 13 de fevereiro de 2021. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde.
Na requisição anterior o pedido foi de seringas de 3 ml, para entrega até o próximo dia 30 de janeiro de 2021.
Quais vacinas serão utilizadas?
De acordo com informações do Governo Federal, 108 milhões de doses serão necessárias somente para poder imunizar os grupos prioritários. Dentre eles estão os profissionais de saúde, idosos, indígenas, pessoas com comorbidades, professores e profissionais de segurança pública.
Durante coletiva, foi perguntado se o Ministério da Saúde iria contar apenas com a vacina de Oxford ou se outros imunizantes como a chinesa Coronavac, comprada pelo Estado de São Paulo, seriam utilizados.
Élcio Franco, secretário-executivo da pasta, respondeu que o Ministério da Saúde não irá barrar vacinas por causa de seu país de origem e que o parecer será técnico. “Todas elas (vacinas) com a garantia de segurança e eficácia nos interessam”, apontou o secretário.
Ainda durante a coletiva de imprensa, foi afirmado que boa parte do cronograma de vacinação irá depender da aprovação dos imunizantes por parte da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), seja de forma regular ou emergencial.
Distribuição da vacina pelo Brasil
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que a vacinação no Brasil, contra a COVID-19, começa ainda em janeiro.
“Todos os estados e municípios receberão a vacina de forma simultânea, igualitária e proporcional à população. No que depender do Ministério da Saúde e do presidente da República, a vacina será gratuita e não obrigatória”, garantiu.