Estudante desenvolve protótipo para possibilitar acesso a computador por tetraplégicos

O estudante baiano Álvaro Vasques, de 18 anos, está desenvolvendo um protótipo capaz de possibilitar o acesso ao computador por pessoas tetraplégicas. O projeto foi orientado pelos professores Leandro Teixeira e Gustavo Sabry, docentes no Instituto Federal Baiano (IFBaiano), em Valença, baixo sul do estado. continua depois da publicidade Álvaro contou em entrevista ao G1 […]

O estudante baiano Álvaro Vasques, de 18 anos, está desenvolvendo um protótipo capaz de possibilitar o acesso ao computador por pessoas tetraplégicas. O projeto foi orientado pelos professores Leandro Teixeira e Gustavo Sabry, docentes no Instituto Federal Baiano (IFBaiano), em Valença, baixo sul do estado.

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Álvaro contou em entrevista ao G1 que sempre quis desenvolver algo que contribuísse para uma sociedade mais igualitária e acessível. Foi a partir do Instituto Federal Baiano, com auxílio de seus professores, que por meio do projeto “tecnologia assistiva” o estudo começou a ser desenvolvido.

“Eu sempre me perguntava como poderia contribuir com uma sociedade mais justa.Talvez possibilitar que pessoas acometidas por tetraplegia possam se tornar mais independentes e realizar atividades simples, como usar um computador, pode ser um bom começo”, explicou o estudante durante entrevista ao G1.

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Estudante desenvolve protótipo que pode auxiliar pessoas com deficiência

Álvaro Vasques está atualmente trabalhando em melhorias e atualizações em seu projeto, que tem o nome de “Tecnologia Assistiva Acessível para Pessoas com Tetraplegia” (TAAPETE).

A ideia agora é desenvolver um equipamento, anexado ao computador, que se conecte em algum lugar na cabeça do usuário. Assim, será possível usar o mouse com movimentos da cabeça, além de realizar outras funcionalidades.

Já é possível a movimentação do mouse a partir da inclinação da cabeça do usuário (para a direita ou esquerda, a depender do botão que ela queira clicar). Na nova versão, serão incluídas mais funcionalidades, de modo que a pessoa pode utilizar as várias funções do computador de forma prática e fácil. “Incluímos ativação de teclado virtual, mudança de páginas para leituras e escritas e centralização de cursor, entre outras”, diz Leandro.

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Como funciona o TAAPETE?

O TAAPETE é um hardware. Isso quer dizer que ele funciona como um mouse ou um teclado, por isso não é necessária a instalação de nenhum programa no computador. Além disso, o seu custo é baixo, em comparação com outros projetos similares.

“Na nossa versão inicial, o preço ficou em torno de R$ 80. Já quando desenvolvemos as outras duas versões, utilizamos um tipo de placa que possibilitou ainda mais a diminuição do tamanho dos protótipos e passou a ficar 23% mais barato”, explicou Álvaro.

Um dos próximos objetivos é testar o equipamento em pessoas com deficiência, mas só é possível com autorização do Conselho de Ética. Além disso, Álvaro revela que pretende realizar testes de usabilidade com base na Lei de Fitts e com normas da ISO (sigla para International Organization for Standardization, em português Organização Internacional para Padronização.

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Álvaro já recebeu prêmios!

Álvaro e o professor Leandro receberam o prêmio Febrace. Foto: Arquivo pessoal

Com seu projeto, o estudante já participou de eventos nacionais e internacionais. Ele conseguiu as seguintes premiações:

  • 1º lugar na categoria Ciências Exatas e da Terra (Prêmio ABRIC de excelência em pesquisa) da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace);
  • Prêmio Destaque Unidades da Federação;
  • Prêmio Abritec (Associação Brasileira de incentivo à tecnologia e ciência).

Além disso, seu projeto foi credenciado para eventos, feiras e encontros internacionais, como o Encuentro Internacional Colombista de Ciencia, Inovacion y Empreendimiento, que será realizado em 2021, na Colômbia – e na edição deste ano da International Science and Engineering Fair (ISEF 2020).