Nesta segunda-feira (09/11), de acordo com dados iniciais de estudo, a farmacêutica americana Pfizer e a empresa de biotecnologia alemã BioNTech anunciaram que sua vacina experimental contra a COVID-19 foi mais de 90% eficaz na prevenção do vírus. As empresas são as primeiras fabricantes de medicamentos a divulgar dados bem-sucedidos de um estudo clínico em grande escala de uma vacina contra a COVID-19.
Albert Bourla, presidente e executivo-chefe da Pfizer, em comunicado afirmou que “hoje é um grande dia para a ciência e a humanidade. Estamos alcançando este marco crítico em nosso programa de desenvolvimento de vacinas em um momento em que o mundo mais precisa, com taxas de infecção atingindo novos recordes, hospitais quase excedendo a capacidade e economias lutando para reabrir”.
A vacina está sendo testada no Brasil, juntamente com as imunizações da AstraZeneca da Universidade de Oxford (Reino Unido), da Johnson & Johnson (EUA) e da Sinovac Biotech (China). Apesar dos avanços, a questão em torno de quanto tempo a vacina vai promover proteção ainda permanece. Mas esses dados promovem otimismo sobre a possível eficácias das outras vacinas contra a COVID-19 em desenvolvimento.
Possível uso emergencial nos EUA
Segundo a Pfizer e a BioNTech, ainda não há nenhuma preocupação considerável com a segurança dos processos. As empresas ambicionam conseguir autorização para uso emergencial nos EUA ainda em novembro deste ano, para as pessoas entre 16 e 85 anos.
Para esse fim, é preciso coletar dados de segurança de um período de dois meses a respeito de metades dos 44 mil participantes da pesquisa. A expectativa é de que os dados estejam prontos até o final de novembro.
Dados da pesquisa sobre a vacina contra a COVID-19
Para os fins da pesquisa, a Pfizer fez análise de dados depois que 94 participantes terem adoecido entre os 43.538 participantes distribuídos entre Estados Unidos, Brasil e outros 4 países.
Em seguida, a empresa examinou os voluntários que tomaram a vacina experimental e os que tomaram o placebo (substância inativa), mas não precisou a quantidade de pessoas que adoeceram que receberam a vacina contra a COVID-19 ou a substância inativa.
De qualquer forma, esses dados representam o percentual de 90% de eficácia, ou seja, 8 das 94 pessoas que adoeceram receberam a vacina contra a COVID-19 (duas injeções com intervalo de três semanas). Do total de participantes, 38.955 já tinham recebido a segunda dose da vacina até o dia 8 de novembro.
A Pfizer vai continuar as análises até que existam 164 casos de infecção entre os voluntários vacinados para que seja confirmada a taxa de eficácia da vacina contra a COVID-19. A expectativa do presidente da Pfizer é que esses processos aconteçam até dezembro, por conta da demanda gerada pelas das altas taxas de infecção do coronavírus nos Estados Unidos.
De acordo com a empresa, assim que todas as etapas forem cumpridas e todos os resultados conclusivos estiverem disponíveis, os dados serão repassados para revisão de outros cientistas. Essa etapa é fundamental para que sejam publicados em revista científica.