Os estudos sobre a formação das estrelas já são conhecidos há muitos anos e, atualmente, sabemos que elas se formam a partir das nuvens de gás interestelares, compostas por poeira e hidrogênio. A novidade é que cientistas descobriram que, igualmente, existem algumas estrelas que são formadas de maneira muito rara.
Estudos feitos por astrônomos alemães, liderados pelo professor Klaus Werner, identificaram um grupo de estrelas cobertas por um subgrupo resultante da queima de hélio. Em linhas gerais identificou-se um tipo de fusão que é muito raro.
As estrelas que conhecemos têm em sua superfície uma formação a partir de hidrogênio e hélio, já as estrelas descobertas têm a superfície formada por carbono e oxigênio, fusão resultante das cinzas na queima de hélio. Estes estudos apontaram ainda que estas estrelas permanecem queimando hélio no núcleo, devido à temperatura e aos raios emitidos.
Cientistas argentinos, da Universidade de La Plata, que lideraram um segundo estudo, apontam que estas estrelas raras são o resultado da fusão de duas estrelas anãs brancas que se fundiram.
As anãs brancas são resultantes de estrelas maiores que tiveram um esgotamento do combustível nuclear, ou seja, formaram-se de forma muito tímida e pequena, mas a fusão rara acabou promovendo esse novo tipo de estrela.
Sabe-se que estrelas anãs brancas geralmente se fundem em sistemas binários mais próximos dos berços estelares e isso ocorre devido à ação de encolhimento da respectiva órbita, provocada pela emissão de ondas gravitacionais.
O que causa surpresa é que não é de praxe, até então, a fusão de estrelas anãs brancas formarem estrelas enriquecidas de carbono e oxigênio. Logo, entende-se de forma mais clara que, em sistemas binários que possuem massas mais peculiares, uma anã branca rica em carbono e oxigênio pode sofrer uma interrupção e culminar sobre uma que seja rica em hélio.
E, desse modo, promover o surgimento das estrelas raras.