As obras de arte que atravessaram os séculos são as impressões digitais das inspirações de artistas que, na maioria das vezes, estavam à frente de seu tempo. As artes demonstram sentimentos e provocam sensações. Mas, além de tudo isso, muitas despertam perguntas e discussões em torno de seus mistérios.
As pessoas desenvolvem os mais diversos pensamentos sobre as obras de arte que deixaram certas incógnitas no ar. Os quadros de Da Vinci, por exemplo, sempre foram marcados por mistérios e diversos estudos buscam entender enigmas deixados pelo gênio que viveu nos séculos XV e XVI.
Dessa maneira, nada mais justo que iniciarmos com análise de um dos seus quadros enigmáticos e, evidentemente, o mais famosos. A Gioconda ou simplesmente Monalisa possui um mistério interessante.
Monalisa
O quadro começou a ser pintado em 1503, segundo os registros históricos, mas foi concluído apenas três a quatro anos depois. O problema é que existem dezenas de quadros que são iguais a La Gioconda, como também é conhecido a Monalisa. O mistério está em descobrir se esses quadros foram pintados por Da Vinci ou por alunos que estavam aprendendo com ele.
Fica muito perceptível que todas as demais versões se esforçam para reproduzir o sorriso enigmático do quadro original. A técnica utilizada pelo pintor foi óleo sobre madeira. Se foram pintadas ou não pela brilhante mente de Da Vinci, ainda não sabemos.
Retrato de Don Ramón Satué
O pintor espanhol Francisco de Goya deixou muitas obras fabulosas e uma gama de admiradores no mundo inteiro. O pintor era muito requisitado, inclusive para fazer pinturas de pessoas ilustres ou que ele mesmo pintava por conta própria.
Um dos mistérios encontra-se no quadro “Retrato de Don Ramón Satué”, que representou a família Satué que amparou e escondeu o pintor quando foi perseguido por questões políticas na época. O mistério chegou após as possibilidades tecnológicas que, através de um teste de Raio-X, detectou outra pintura embaixo do “Retrato de Don Ramón Satué”.
Na pintura por baixo, aparece um homem com um uniforme. O que ninguém consegue saber é quem é aquela figura estampada na pintura anterior.
O Quarto Azul
Um dos pintores mais populares no mundo e que ganha notoriedade espantosa nos dias atuais é o espanhol, mestre do cubismo, Pablo Picasso. Uma de suas obras revela um segredo muito interessante e, ao mesmo tempo, uma incógnita. Ocorre que, na obra “O Quarto Azul”, após a utilização de recursos de tecnologia com Raio -X ultravioleta, foi descoberto uma pintura anterior na mesma tela.
Ela, por sua vez, retrata um homem de barba. A pergunta clássica é: quem seria aquele homem? Uma coisa é clara de todos que estudam a história de Picasso: ele não tinha condições de comprar muitas telas para colocar suas ideias em prática e, provavelmente, utilizou uma obra para fazer outra por cima.
A Última Ceia
É impossível falar de enigmas e mistérios em quadros sem mencionar “A Última Ceia” de Leonardo Da Vinci. Muitas ideias conspiratórias surgiram a partir da análise do quadro. Em 1960, o francês Pierre Plantard passou a divulgar mais sobre uma suposta conspiração do chamado Priorado de Sião, no qual se julgava descendente de Gagoberto II e que Da Vinci pintou a respectiva obra.
Ele poderia ter fornecido dicas enigmáticas no quadro em questão sobre um filho que Jesus teria com Maria Madalena. A teoria gerou o livro “Santo Graal e a Linhagem Sagrada”, de Gerard de Sede, com a colaboração do próprio Pierre. São muitos os enigmas levantados no quadro, como a figura do apóstolo Pedro com uma faca e a ausência de cálice.
E para você, qual a sua opinião sobre todos esses mistérios contidos nestas obras? Independente do que está por trás de cada uma, sabemos que uma coisa é fato: são obras eternizadas e patrimônio da humanidade. Todas possuem em comum uma coisa: as impressões digitais de grandes gênios das artes e do pensamento.