“Anéis de Saturno” podem ser desenvolvidos ao redor da Terra?

Considerado um tipo de poluição produzido pelo homem, o lixo espacial cresceu expressivamente desde as primeiras viagens dos humanos à Lua.

Cada um dos planetas do Sistema Solar possui características específicas que o diferencia um do outro. Saturno, por exemplo, é caracterizado por possuir anéis em seu entorno, que são compostos por bilhões de fragmentos de gelo e rochas espaciais que variam de tamanho, desde um grão de areia até o tamanho de um recinto.

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Júpiter, Netuno e Urano também contam com anéis a sua volta, mas que são praticamente invisíveis. A notícia é que outro planeta poderia estar formando anéis em seu entorno: a Terra. No entanto, diferentemente dos demais, esses teriam uma origem nada natural, o lixo espacial.

Considerado um tipo de poluição produzido pelo homem, o lixo espacial cresceu expressivamente desde as primeiras viagens dos humanos à Lua. Atualmente, ele tem se tornado um problema cada vez mais grave por conta do aumento do turismo espacial, das missões espaciais e do lançamento de novos satélites.

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Estima-se que há 7,5 mil toneladas de lixo em órbita. Embora parte desse montante seja sugada de volta para a atmosfera do planeta, e por consequência, acabam sendo queimados, grande parte dessas toneladas permanece abandonada no espaço.

Diante desse cenário, Jake Abbott, professor da Universidade de Utah, prevê que, em um futuro breve, a Terra poderá começar se assemelhar com o planeta Saturno, com a formação de anéis em sua órbita. Contudo, esses anéis seriam compostos por produtos da ação humana, como a exemplo de satélites inativos e danificados, destroços de foguetes e de outros resíduos.

Como eliminar o lixo espacial

Segundo Abbott, uma solução possível para impedir a formação de anéis de lixo espacial ao redor da Terra é o uso de ímãs. As descobertas do cientista e sua equipe, considerando o lixo espacial, foram detalhadas em um artigo publicado na revista científica Nature.

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De acordo com o estudo, mesmo que um pedaço giratório de lixo espacial não seja magnético, ele pode conduzir eletricidade. Assim, Abbott e sua equipe propõem utilizar braços robóticos, com ímãs nas pontas, direcionados aos detritos.

Com isso, os ímãs vão girar, ativando, por consequência, correntes parasitas – correntes elétricas em forma de redemoinhos no objeto – que são responsáveis por criar seu próprio campo magnético. Esses campos magnéticos ativados, por sua vez, afetam o campo que os criou.

Apesar da publicação do estudo, ainda não se sabe se tal medida funcionará para evitar a formação de anéis de lixo espacial envolta da Terra.

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