Pedidos de casamento costumam seguir um ritual clássico em diversas partes do mundo. Na maioria dos casos, quando falamos em relacionamentos heterossexuais, o homem se ajoelha para pedir que sua amada se case com ele — mas de onde veio esse costume?
Em um primeiro momento, podemos deduzir que, ao ficar de joelhos, o noivo fica no mesmo nível da altura das mãos de sua amada, para colocar a aliança caso ela aceite a proposta.
Existem outras explicações, no entanto, e elas remontam a costumes bastante antigos, da era medieval. Na época, o ato de se ajoelhar era uma tradição dos membros das cavalarias para demonstrar obediência, respeito e lealdade aos seus senhores.
O gesto começou a ser reproduzido também em casamentos religiosos, que era a forma mais comum de enlace naquela época. Por isso, era natural e, inclusive, esperado, que o cavaleiro se ajoelhasse diante da sua noiva para jurar lealdade e declarar seu amor.
Outras explicações
Alguns estudiosos afirmam que o costume é ainda mais antigo, possivelmente originado na época do Império Persa, quando ajoelhar-se era, também, um tipo de saudação feito por alguém de menor importância em relação a alguém muito importante.
Se a diferença hierárquica fosse menor, não era necessário ajoelhar-se, mas sim dar um beijo no rosto do indivíduo.
O ato de se ajoelhar para saudar uma pessoa tem até nome: prosquínese. Ao que tudo indica, o criador desse costume foi ninguém mais ninguém menos do que Alexandre, o Grande.
Quando assumiu o poder, Alexandre exigia que seus súditos sempre se ajoelhassem diante dele quando fossem cumprimentá-lo. O gesto foi polêmico e repudiado por muitas pessoas, que acreditavam que apenas os deuses mereciam esse tipo de reverência.
Costume popular
O fato é que a prosquínese foi adotada por líderes religiosos de várias crenças e em diversas partes do mundo. Até hoje, os cristãos católicos se ajoelham durante o momento da Eucaristia, por exemplo.
O significado romântico do gesto parece, de fato, ter relação mesmo é com a cavalaria, pois, no século 11, era comum que os cavaleiros firmassem laços com as damas da corte. A promessa era a de servir e honrar suas amantes da mesma forma que faziam em relação aos seus senhores e aos reis.
De lá para cá, muita coisa mudou, mas o gesto continua sendo repetido como forma de devoção e lealdade. Bonito, né?