No reino animal, o tamanho geralmente equivale à longevidade: elefantes e baleias podem viver cerca de 70 anos, enquanto um hamster no máximo três. No mundo dos cães, acontece o contrário, ou seja, os cachorros grandes tendem a morrer mais cedo do que os menores. Mas, por que isso acontece?
De acordo com uma pesquisa recente de um grupo de especialistas da Universidade Colgate em Hamilton (Nova York), cachorros maiores têm uma expectativa de vida menor por causa do estresse oxidativo.
Esse processo é responsável pelo envelhecimento e deterioração do corpo, razão pela qual, segundo pesquisadores, um Chihuahua pode chegar aos 20 anos de vida, quase dobrando as possibilidades de um Pastor Alemão.
Experimento canino
Para testar essa hipótese, os pesquisadores coletaram 80 amostras de tecido de filhotes recém-mortos e cães velhos, de raças grandes e pequenas. Eles isolaram as células desses animais e as cultivaram em laboratório para análise.
Eles descobriram que, nas células de cães pequenos dos dois tipos, a produção de energia e radicais livres estava equilibrada. Nos filhotes de grande porte, as coisas mudaram: a taxa de radicais livres de oxigênio disparou, e os antioxidantes não conseguiram detê-los.
Isso acontece porque os cachorros de raças grandes têm metabolismos rápidos que consomem uma quantidade muito maior de energia do que os cães pequenos. Tal desequilíbrio produz danos celulares que se manifestam em poucos anos e encurtam a vida dos animais.
Existem outras razões para o envelhecimento canino, mas os radicais livres de oxigênio parecem desempenhar um papel fundamental.