Demorou 150.000 anos para os humanos atingirem a marca de 1 bilhão de habitantes. Hoje, existem mais de 7,5 bilhões de nós neste planeta. Destes, 2 bilhões foram adicionados após 1993 – nos últimos 24 anos.
A ONU prevê que a população mundial chegará a 10 bilhões de pessoas em 2057. Neste momento, a Índia será o país mais populoso com quase 1,7 bilhão de habitantes, seguido pela China com 1,35 bilhão e pela Nigéria com 454 milhões. E isso, muitos cientistas acreditam, é a capacidade máxima de carga da Terra.
No entanto, a questão não é o número de pessoas, pois há espaço suficiente para todos. O problema começa quando começamos a medir a pegada ecológica dessa população em expansão, ou seja, a quantidade de terra e água biologicamente produtivas que uma pessoa precisa para produzir os recursos que consome.
Assim, a última vez que a humanidade foi sustentável e o planeta pôde sustentar nossa população foi em 1969. A partir de então, começamos a usar mais recursos do que o planeta poderia substituir. O recorde foi alcançado em 2018.
Podemos aumentar a capacidade de carga da Terra?
Em um ensaio publicado em 1798, o clérigo inglês Thomas Robert Malthus argumentou que os números humanos sempre aumentam mais rapidamente do que os suprimentos de alimentos e que os humanos estão sempre condenados a procriar ao ponto da miséria e à beira da fome.
Algumas décadas atrás, acreditava-se que a inovação tecnológica ajudaria a aumentar a capacidade de carga da Terra. No entanto, cada inovação em uma área (por exemplo, maior produtividade alimentar e energia renovável), sofreu reveses em outras (níveis extremamente altos de poluição por nitratos e extração de materiais).
É claro que qualquer que seja o número máximo de pessoas que a Terra possa sustentar, os cientistas e ambientalistas concordam que é necessário rever os nossos hábitos.
Pois, se continuarmos com os mesmos padrões de consumo atuais, esgotaremos o quanto antes os recursos do planeta.