A morte pode não ser o assunto favorito de muitas pessoas, mas é inegável o fato de que, querendo ou não, é impossível fugir dela por muito tempo. Ainda que esse tema possa nos causar arrepios, é fato que falar sobre morrer também gera um certo fascínio — não é à toa que existem tantas histórias envolvendo grandes mortes, em todas as épocas e culturas do mundo.
Hoje, falaremos a respeito de algumas crenças comuns quando o assunto é morte, mas que não passam de mitos que foram bem difundidos ao longo da História. Confira algumas dessas crenças equivocadas a seguir:
As unhas continuam a crescer depois da morte
Com certeza você já ouviu essa informação em algum lugar, mas ela não é verdadeira. O mito pode ter surgido pelo fato de que, com a morte, a pele encolhe e as unhas parecem maiores.
Lembre-se de que, para que as unhas e os cabelos cresçam, é preciso de glicose.
Morrer sempre causa dor
Existem muitas formas de morrer. Algumas pessoas, em estados terminais de doenças graves, vivem sob os efeitos de muitos medicamentos que aliviam os sintomas e, claro, diminuem as dores.
A verdade é que a maioria das pessoas morre sem dor, pois os sintomas mais comuns apresentados antes da morte são sensação de fraqueza e cansaço.
A cremação transforma a pessoa em cinzas
A cremação é uma prática antiga e bastante sustentável, que vem ficando cada vez mais acessível em termos financeiros. Se você já pensou um pouco sobre o assunto, talvez tenha imaginado que o corpo, depois de queimado, vira um punhado de cinzas, certo? Bem… Nem tanto.
Ao ser colocado em um forno de altas temperaturas, o corpo não se torna aquela cinza bonita que vemos as pessoas jogando em lugares específicos. Na verdade, o processo de cremação é longo e resulta em uma mistura de cinzas com resíduos calcificados (ossos e dentes).
Esses resíduos precisam ser separados do restante das cinzas e triturados em outros equipamentos. Antes de parecer cinza, o corpo de uma pessoa cremada parece mais com uma areia grossa ou a terra de uma rua não asfaltada.
Morrer dormindo é a melhor forma de partir
Nem sempre. É muito comum, em casos de mortes durante o sono, que a pessoa acorde e tenha noção de que está morrendo. Nesses casos, a família costuma encontrar sinais de agonia nos lençóis da cama ou nos objetos próximos da pessoa.
Quem sabe que está morrendo entra em desespero
É normal pensarmos que, ao dar a notícia de que um paciente morrerá em questão de dias, essa pessoa vai entrar em total desespero.
Na verdade, quando uma pessoa está em estado terminal e recebe acompanhamentos paliativos humanizados, o mais comum é que, com o tempo, ela se acostume com a ideia e se sinta “privilegiada” por poder planejar alguns aspectos relacionados à morte, como deixar mensagens, fazer pedidos finais ou planejar um testamento.
Se você estiver passando por um período de luto em decorrência da morte de um ente querido, lembre-se de que, depois de um tempo, a vida volta aos trilhos. Caso o seu sofrimento seja muito intenso, busque ajuda psicológica e psiquiátrica.
O luto é uma experiência forte e transformadora. É normal que pareça assustadora também, mas é inerente à experiência de vida humana. Todos os dias há pessoas nascendo e pessoas morrendo. Aceitar isso como um fato pode nos ajudar a lidar melhor com esse tipo de perda.