Existem alguns “causos” que são repassados de geração em geração e acabam ficando conhecidos em várias partes do mundo. Uma história que cabe como um belo exemplo disso é, certamente, a narrativa a respeito do gigante Monstro do Lago Ness, que é conhecido por pessoas de todos os cantos do planeta.
Uma pesquisa recente, feita por cientistas da Universidade de Bath, na Inglaterra, abordou uma possível existência do tal monstro escocês, mas não da forma como imaginávamos. De acordo com os pesquisadores, é possível que um plesiossauro pré-histórico tenha realmente vivido em uma região de água doce.
Apelidado de Nessie, a tal criatura gigantesca parece ter sido capaz de sobreviver até mesmo à extinção dos dinossauros, que ocorreu há aproximadamente 66 milhões de anos.
Mas e o Monstro do Lago Ness?
Os registros históricos a respeito da criatura marinha que, conforme relatos não muito claros, vive no Lago Ness, que fica na Escócia, datam de pouco aproximadamente cem anos. De lá para cá, algumas testemunhas chegaram a tentar fotografar o monstro, mas, claro, as imagens são difíceis de analisar devido à baixa qualidade.
Agora, com a divulgação do novo estudo, os cientistas afirmam que os fósseis descobertos em um sistema fluvial que hoje se encontra no Deserto do Saara, no Marrocos, revelam que essas criaturas poderiam sobreviver também em água doce.
Os fósseis desses plesiossauros de cabeças pequenas e pescoços longos foram encontrados pela primeira vez há quase dois séculos, mais especificamente em 1823, pela caçadora Mary Anning. Os relatos da primeira visão do Monstro do Lago Ness aconteceram depois, em 1933, quando um casal de escoceses afirmou ter visto a criatura.
No ano seguinte, em 1934, um estudante de Veterinária chamado Arthur Grant fez uma observação a respeito das semelhanças entre o plesiossauro e o suposto monstro, que ele afirmou ter visto durante a noite, enquanto fazia um passeio de motocicleta nas proximidades do lago. Segundo Arthur, o Monstro era um misto de plesiossauro com foca.
A conclusão é a de que não existe realmente um Monstro do Lago Ness, mas sim que existiu uma criatura pré-histórica, gigantesca e parecida com as descrições do monstro, vivendo em águas doces.
Pode ser decepcionante, a gente sabe, mas pelo menos é interessante observar como a criatividade humana é capaz de criar narrativas e criaturas interessantes, que sobrevivem mesmo com a passagem do tempo.