Todos aprendemos na escola o estrago que um asteroide causou ao planeta 65 milhões de anos atrás, culminando em uma grande extinção que, praticamente, dizimou os dinossauros.
Como os cientistas sabem que isso pode acontecer de novo, a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA) possui um Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS), que avalia diversos corpos celestes no entorno dessa bolinha azul que chamamos de lar.
Tendo por base diversos cálculos e observações, o Centro divulgou que nesta sexta-feira (27 de maio) o asteroide batizado de 7335 (1989 JA) irá passar próximo à Terra, com uma velocidade acima dos 47 mil km/h.
Então todos corremos riscos?
Não é bem assim, pois, quando os astrônomos falam de proximidade, eles estão usando uma escala muito diferente daquela com a qual estamos acostumados. Por isso, mesmo tendo sido classificado como “potencialmente perigoso” — devido sua órbita se aproximar perigosamente da gente —, ele não deve atingir nosso planeta.
O 7335 (1989 JA) deve passar a quase 4 milhões de quilômetros daqui (o que equivale a, aproximadamente, 10 vezes a distância da Terra até a Lua). Isso pode ser o suficiente para que consigamos fazer ótimas observações, mas com pouquíssimo risco de sermos acertados em cheio.
Como já foi dito acima, os cientistas realmente se preocupam com a possibilidade de sermos varridos do mapa por um asteroide. Tanto é assim que a NASA, em 2021, lançou a missão para Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo (DART), que pretende destruir uma pequena lua, chamada Dimorphus, que orbita o asteroide Didymos.
Correndo tudo conforme o planejado, será a primeira vez que a humanidade mudará a dinâmica de um corpo do nosso sistema planetário de forma perceptível. Além disso, terá sido um ótimo teste para uma tecnologia de defesa planetária.