A NASA (Agência Espacial Americana) divulgou recentemente um vídeo em que mostra como é a dinâmica entre os buracos negros mais próximos do nosso planeta e as estrelas que os acompanham.
Nas imagens, é possível ver 22 sistemas binários que estão localizadas na Via – Láctea e na nossa galáxia vizinha, Grande Nuvem Magalhães, onde estão hospedados buracos negros de massa estelar já confirmados.
Na animação, é possível observar em cada par que os sistemas binários são formados por uma estrela que orbita em um buraco negro. Em cada parte do vídeo, o buraco negro é mostrado como um ponto preto localizado ao centro do disco de acreção.
Nas imagens, as cores das estrelas variam do branco-azulado ao avermelhado, o que indica temperaturas cinco vezes mais quente ou até 45% mais frias que a do Sol, respectivamente.
De acordo com a NASA, a estrela é representada por uma esfera branca azulada ou amarelada com determinadas dimensões para corresponder ao seu tamanho.
Vale notar que, no vídeo, os sistemas aparecem na mesma escala física, o que demonstra diversidade. O movimento orbital é acelerado em 22 mil vezes e os ângulos de visão são os mesmos que vemos do nosso planeta. Além disso, os buracos negros são apresentados em uma escala que reflete suas respectivas massas, aparecendo maiores do que realmente são.
Conforme o material vai se aquecendo no disco enquanto cai no buraco negro, ele brilha em luz visível, ultravioleta e os raios-X conseguem capturar as imagens. Por conta da escuridão, não é possível ver os buracos negros através de telescópio.
De acordo com a NASA, ainda não há um consenso entre os astrônomos sobre o funcionamento do sistema no centro do vídeo, o GRS 1915. O disco de acreção, formado por material preso em órbita do buraco negro deste sistema, se estende por 80 milhões de km, distância maior do que a que há entre Mercúrio e o Sol, por exemplo.
Qual foi o primeiro buraco negro a ser conhecido?
O primeiro buraco negro a ser conhecido pelos pesquisadores é o Cygnus X-1. Ele pesa 21 vezes a massa do Sol e sua superfície – conhecida como “horizonte de eventos” – tem cerca de 124 quilômetros, o que é considerado bem pouco quando se trata de um buraco negro.
Mas, no vídeo divulgado pela NASA, o Cygnus X-1 aparece como sendo muito maior e mais alinhado com a massa do buraco negro do que com seu volume. As esferas superdimensionadas também escondem distorções visíveis produzidas pelos efeitos gravitacionais dos buracos negros.