Dias após comprar o Twitter, o bilionário Elon Musk usou o seu perfil na rede social para dizer, em tom de piada, que compraria a Coca-Cola para colocar cocaína de volta na bebida. Mas será que a 1ª versão do refrigerante tinha, de fato, a cocaína em sua composição?
Para responder à pergunta, precisamos contar um pouco da história da Coca-Cola. No dia 8 de maio de 1886, em Atlanta, no estado da Geórgia, Estados Unidos, o farmacêutico John Stith Pemberton, tinha o objetivo de criar um xarope à base de extratos de plantas e nozes de cola (sementes de uma árvore africana) para tratar dores de cabeça.
Algum tempo depois, Pemberton observou que, ao adicionar refrigerante, seu remédio se tornava uma bebida com um sabor agradável e que matava a sede. Naquele momento, ele não podia imaginar que estava criando o refrigerante mais famoso do mundo: a Coca-Cola.
Agora, vamos à resposta da pergunta
A primeira versão da bebida continha uma pequena quantidade da substância narcótica da planta coca, cerca de 60 miligramas em cerca de 240 mililitros. No entanto, é importante destacar que, no final do século XIX, a planta da coca era considerada um fármaco milagroso, principalmente após o químico alemão, Albert Niemann, conseguir isolar as folhas da planta para extrair a cocaína.
Os poderes terapêuticos da cocaína começaram a ficar cada vez mais famosos, como um anestésico e tratamento das mais diversas doenças, desde asma até a histeria.
Contudo, os efeitos colaterais do uso de cocaína, como os danos cerebrais ou a dependência, não eram conhecidos até então. E, quando foram descobertos, a substância teria sido retirada da fórmula do refrigerante, no início dos anos 1900. Porém, o nome da empresa ainda carrega a palavra “Cola”, uma planta da qual se utiliza um extrato das nozes.
Vale notar que a receita da Coca-Cola continua a ser secreta, inclusive, ela está atualmente trancada no cofre subterrâneo da sede da empresa na cidade de Atlanta.