Presentear outras pessoas com ovos é um costume antigo, porém, no passado, a troca de ovos era um pouco diferente. Nos primórdios, o ovo era visto como símbolo de fertilidade em diversas culturas.
Na mitologia chinesa, acreditava-se que a formação do universo se deu por meio do nascimento do deus Pan Ku. Para aquele povo, Pan foi formado dentro de um ovo e, ao se libertar, as partes separadas do ovo formaram o universo. Outra civilização antiga, os romanos, acreditava que o universo tinha forma oval.
O símbolo, porém, começou a se relacionar com a Páscoa somente no século 12. Neste período, o então rei na França voltou para o país depois da segunda Cruzada e foi recebido com uma festa. Mesmo com o fracasso na guerra, o regresso foi comemorado e, entre as celebrações, um dos oficiais do reino ofereceu aos pobres muitos ovos.
A festividade coincidiu com tempo da Quaresma e se estendeu pelos anos seguintes na mesma data. Três séculos depois, a igreja começou a questionar o grande consumo de ovos durante este período, que deveria ser de penitência. Assim, o rei Luís XI proibiu a comemoração. A comunidade só voltaria a comer ovos no fim dos quarenta dias, como forma de festejar o fim do jejum.
Dessa maneira, aquela comunidade passou a presentear as pessoas queridas com ovos benzidos na missa do Domingo de Páscoa.
O costume foi mudando com o passar do tempo nas diferentes comunidades pelo mundo. O hábito de decorar ovos surgiu na Inglaterra. A nobreza inglesa chegava a trocar ovos de porcelana ou banhá-los em ouro para presentear os próximos.
No entanto, os ovos de Páscoa feitos de chocolate, como conhecemos, surgiram de confeiteiros franceses no século 18. Além do recheio de chocolate, já naquela época, eles costumavam finalizar o doce com uma pintura por fora.
Depois da popularização dos ovos de chocolate, foram-se criando diversos rituais em torno da gostosura. A exemplo da brincadeira de esconder os ovos pelo jardim para que as crianças encontrem na manhã de Páscoa. Claro, tudo isso obra do coelhinho.