Nossas mães e avós nunca abriram mão do mel como uma espécie de remédio capaz de auxiliar em diversos problemas, como cicatrização, digestão, além de ser tido como expectorante.
Toda família vai ter uma lista de usos surpreendentes para esse alimento, mas uma coisa é capaz de impressionar a todos: a durabilidade dessa meleca produzida pelas abelhas. Isso é tão impressionante que alguns potes de mel encontrados em escavações (podendo ter milhares de anos) pareciam perfeitamente conservados.
Esse prazo de validade que parece não ter fim é resultado de uma composição química única: muito açúcar, baixíssima concentração de água e pH entre 3 e 4,5 (considerado ácido).
Essa combinação praticamente impede que qualquer microorganismo responsável por estragar alimentos consiga crescer e se desenvolver num ambiente tão hostil. Claro que para nós isso é muito bom, porque o gosto continua ótimo e podemos ter quase certeza que não tem nada estragado naquele pote açucarado na prateleira.
Então, todo mel guardado é comestível?
Não é bem assim. O mel sem nenhuma mistura de melaço de cana ou glucose de milho dura muito em condições ideais, sendo protegido da luz, do calor e da umidade.
Porém é difícil manter essa situação por muito tempo, e é por isso que a lei brasileira determina um prazo de validade de dois anos para esse líquido denso, dourado e docinho.
Dicas úteis
Sabe aquele pote de mel cristalizado que ainda está bom para consumir? Não precisa jogar fora. Basta usar o banho-maria e aquecer lentamente que ele voltará a ser líquido.
Por fim, uma outra dica importante: diabéticos e bebês com menos de dois anos de idade não devem consumir mel.
Os primeiros, por motivos óbvios, afinal a concentração de açúcar é muito elevada. Já para os bebês o problema é outro, o mel pode conter esporos da bactéria causadora do botulismo (a Clostridium botulinum), que não apresentam risco para adultos e crianças maiores, mas podem trazer sérios problemas para os pequenos.