O planeta Marte foi batizado com este nome pelos romanos devido a sua cor vermelha marcante, o que fez o povo associá-lo ao deus da guerra, também chamado Marte. No entanto, fotos recentes revelam um lado do planeta que vai na contramão da origem de seu nome. O Curiosity, um robô espacial projetado pela NASA para explorar o planeta vermelho, em uma de suas rondas este ano, registrou uma imagem do que parece ser uma flor.
Logo que a foto chegou à internet, surgiram diversas teorias. Dentre elas, de que a flor foi moldada por extraterrestre. Mas a explicação para o artefato é mais sem graça do que isso. A “flor”, segundo a NASA, é uma formação rochosa que provavelmente foi gerada há dezenas de anos, resultado do movimento da água.
Essa movimentação teria carregado minerais que cimentaram uma rocha e causaram erosões. Assim, partes de uma pedra maior se foram, enquanto as áreas cristalizadas se mantiveram, e o que ficou tem este formato que lembra uma flor ou um coral.
O fragmento, menor que uma moeda, não foi o primeiro a ser visto no solo marciano. Em 2004, outro robô explorador guiado pela NASA, o Opportunity, encontrou pequenos minerais cristalizados que ficaram conhecidos como “mirtilos”, por seu formato arredondado.
Além disso, o próprio Curiosity, há dez anos em solo marciano, detectou anteriormente rochas com formas similares a recém-encontrada.
A “flor” é mais uma evidência de que existiu água em solo marciano. O planeta vermelho já foi mais úmido, com água abundante na superfície, porém, há bilhões de anos isso mudou.
A flor, junto às evidências químicas e minerais já encontradas, confirma a ideia de que o planeja já foi habitável, fato extensamente estudado pela comunidade científica nos últimos anos.
Esses robôs que mapeiam a superfície do planeta provam hipóteses, consolidam experimentos e, claro, geram novas teorias da conspiração.