A função das abelhas vai muito além de produzir mel e pousar no seu copo de refrigerante. Brincadeiras a parte, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), as abelhas são agentes polinizadores de 73% das plantas cultivadas para alimentação humana.
A polinização atua diretamente na reprodução das plantas, ou seja, sem ela não há vida. Entretanto, para além de sua função primordial, alguns cientistas no Novo México anunciaram efetivar o treinamento de abelhas para farejar explosivos.
Pesquisadores do Los Alamos National Laboratory, no início dos anos 2000, afirmaram ser possível treinar abelhas para que elas estendam os tubos que usam para se alimentar – probóscides – ao sentirem o cheiro de bombas.
É como se as abelhas ativassem uma extensão da língua ao sentirem o odor de explosivos. O método utilizado é o estímulo-resposta, quando os insetos cumprem a tarefa são recompensados com água açucarada. Segundo os especialistas, o resultado dos 18 meses de estudos é promissor e não gera ambiguidades.
Além do óbvio interesse para conflitos militares, a descoberta poderia evitar mortes de inocentes. Um levantamento do The Guardian mostra que, no intervalo de nove anos, 73.576 pessoas teriam falecido devido à detonação de minas terrestres.
Por isso, descobrir onde explosivos enterrados no passado estão escondidos é uma questão relevante. Hoje, já são usados animais, como cães e ratos, para detectar os artefatos. No entanto, algumas minas são tão sensíveis que podem ser detonadas até mesmo com o peso dos pequenos bichinhos.
Além disso, as habilidades olfativas das abelhas podem servir para outro propósito. Pesquisadores da Universidade de Colônia, na Alemanha, conseguiram treinar os insetos para identificarem odores de heroína e cocaína.
Os estudiosos descobriram que as abelhas vibram suas antenas de forma específica quando expostas a concentrações dessas drogas. O projeto é ambicioso e pretende, no futuro, substituir cães farejadores em aeroportos por abelhas. Já pensou?