Para alguns lugares do planeta, aquele foi um som de menor decibéis, mas em outros foi um grande estrondo. Em linhas gerais, a erupção do vulcão Krakatoa, no estreito de Sunda, atual Indonésia, foi o maior evento em termos de proporção. Aquele foi o som mais alto já produzido em um fenômeno natural sentido em todo o planeta.
A erupção do vulcão, na ilha de Krakatoa, ocorreu em 27 de agosto de 1883 e fez com que o som chegasse a cerca de 5 mil quilômetros de distância.
A erupção foi caracterizada como a segunda mais fatal e a 6ª maior erupção do mundo. Conforme os relatos históricos, a caldeira de magma do vulcão chegava a aproximadamente 16 km de diâmetro. Após a erupção, a respectiva ilha foi praticamente riscada do mapa.
Estima-se que a erupção tenha provocado cerca de 35 mil mortes. Aquele evento mudou o equilíbrio da natureza em várias partes do mundo. A atmosfera foi modificada, haja vista que foram mais de 20 milhões de toneladas de enxofre penetrando na atmosfera.
Passados 138 anos, a história conta que foram mais de 22 horas de atividades vulcânicas entre explosões e erupções. Alguns locais distantes em que a grande explosão foi ouvida os moradores pensaram ser um ataque bélico e outros acharam ser o fim do mundo.
Os estrondos foram sentidos até no Canal da Mancha e as explosões da erupção provocaram tsunamis com ondas de até 40 metros de altura. As nuvens de poeira promoveram mudanças em todo o clima, inclusive baixando a temperatura.
Em termos de proporções semelhantes na propagação do som, ainda não foi registrado algo parecido. Mesmo com toda essa proporção, ainda temos poucos resquícios de histórias baseadas no fenômeno. A literatura e as artes não exploraram bem esse fenômeno, com poucas exceções. Uma litogravura de 1888 mostra de forma detalhista um pouco do que ocorreu à época.
Um fato curioso é que a mudança geográfica do local ao longo dos anos mostra uma nova formação rochosa que cresce anualmente.