O herpes é uma doença infecciosa causada por um vírus que é extremamente comum na população, uma vez que é transmitido com muita facilidade. Ele pode aparecer em qualquer parte do corpo, mas o mais comum é que ele se manifeste nos lábios, no rosto ou nos genitais, causando incômodo e constrangimento para quem sofre com a doença.
Existem dois principais tipos de herpes: o oral, provocado, na maioria das vezes pelo Herpes Simplex Vírus tipo 1 (HSV-1), e o genital, provocado pelo tipo 2 (HSV-2), embora haja exceções. Ainda há os tipos 6 e 7, associados à roséola, e o tipo 8, que pode causar o sarcoma de Kaposi, um tipo raro de câncer.
Tanto o HSV-1 quanto o HSV-2 têm uma característica em comum: uma vez que penetram no organismo, nunca são eliminados, ainda que a doença provocada por eles seja tratada ou nunca venha a se manifestar.
Sinais e sintomas do herpes
Herpes oral
O sinal mais característico do herpes oral é o surgimento de uma ou mais bolhas, ou vesículas, agrupadas sobre a pele ou a mucosa, que com o tempo se rompem, formando crostas, que depois se cicatrizam.
A infecção por herpes oral é frequente na infância. Ela costuma ocorrer por contato direito (toque) ou por objetos contaminados com saliva, já que as crianças têm o costume de levar tudo à boca.
Nessa fase, pode haver apenas um quadro febril, acompanhado do aparecimento de aftas e/ou dor de garganta. Outro sintoma é o aumento dos gânglios linfáticos no pescoço.
Herpes genital
O herpes genital é uma infecção sexualmente transmissível (IST), podendo ser assintomático ou se manifestar apenas com sintomas leves.
Em geral, a primeira infecção é mais intensa, com o quadro de febre, mal-estar, dor muscular, aumento dos gânglios na virilha, corrimentos e ainda dor ao urinar. Já as recorrências da doença tendem a ser mais leves.
As lesões causadas pelo herpes genital podem aparecer dentro da vagina, na vulva ou colo de útero, no pênis ou escroto, no trato urinário ou ao redor do ânus. Quando as lesões afetam a mucosa, são difíceis de serem notadas, podendo a doença ser confundida com uma infecção urinária baixa.
Tratamento do herpes
Ainda não há uma cura para o herpes, mas a boa notícia é que a doença é autolimitada, ou seja, desaparece à medida que o sistema imune do indivíduo infectado se recupera.
De qualquer modo, durante as crises infecciosas, o objetivo é diminuir o desconforto na área afetada. Dessa forma, aplicar gelo sobre as lesões pode ajudar, já que a temperatura fria alivia a dor e auxilia na recuperação.
Para reduzir a concentração de herpes no corpo e, por consequência, diminuir a frequências de lesões e a intensidade de manifestações futuras, o médico pode, às vezes, receitar remédios antivirais.
O ideal é iniciar o uso da pomada ao menor sinal da doença. Essa tática abrevia a crise e minimiza a disseminação da enfermidade, já que, quando as bolhas e feridas irrompem, o vírus se torna mais contagioso.
Prevenção do herpes
Para prevenir a infecção pelo herpes, a recomendação é evitar o contato direto com a pele ou mucosa afetada e também o compartilhamento de objetos pessoais como talheres, batons, lâminas de barbear, entre outros.
Em relação ao herpes genital, é recomendável que se use o preservativo, inclusive no sexo oral. No caso das gestantes, elas devem informar ao seu obstetra sobre a infecção, embora a sorologia seja comum durante o pré-natal. Além disso, a camisinha deve ser utilizada no fim da gravidez para evitar o risco de contrair o vírus nessa fase, em que a chance de complicações para o bebê é maior.