Nosso planeta, por enquanto, é o único conhecido que possui vida, mas existir por aqui não foi fácil durante todos esses bilhões de anos. Já houve cinco grandes eventos de extinção, sendo que o primeiro aconteceu há, mais ou menos, 440 milhões de anos e o último (até agora) há 66 milhões.
Em todas as extinções, houve grandes mudanças climáticas, destruição de habitats, modificações nas condições da água e da atmosfera. Como dá para perceber, a situação tem alguma semelhança com o atual estado das coisas na Terra, e é por isso que muitos pesquisadores afirmam que podemos estar no princípio de uma era cataclísmica, como já vivenciado em outros tempos.
Mas, agora, a situação estaria sendo causada por uma espécie, a nossa, e não por eventos naturais, como vulcões ou asteroides. Dá para ter uma noção da gravidade do problema a partir de um relatório da ONU de 2019, cujos dados indicam a existência de pelo menos 1 milhão de espécies sob risco de extinção.
Tão grave quanto isso é o ritmo da destruição, porque nas outras cinco situações pelo menos 75% da vida sumiu, só que em processos de, aproximadamente, 3 milhões de anos. Infelizmente, o ser humano está trilhando um caminho para conseguir o mesmo resultado em apenas poucos séculos.
Claro, você pode estar pensando: “Tadinhos dos animais, mas a gente aqui vai continuar prosperando, então, por mais que seja um preço alto, vale a pena bancar”. Errado. Se o quadro ambiental continuar se deteriorando, nossa sociedade irá sofrer muito.
Isso porque a oferta de alimentos cairia drasticamente com a diminuição dos polinizadores (⅓ da oferta mundial de alimentos depende deles), bem como pelo empobrecimento do solo e pelo aumento das pragas, afinal muitos predadores naturais vão sumir. Tudo isso será agravado pela diminuição da água disponível para agricultura.
Falando em água, ela se tornará cada vez mais rara (e cara), pois o desmatamento muda o regime de chuvas de maneira drástica. Além disso, as maiores reservas de água são advindas de regiões úmidas que filtram essa substância tão importante e, caso tais regiões sejam degradadas, poderá faltar água até para o consumo humano.
Pois é, a situação não está nada boa para a vida na Terra e tende a piorar até para nós mesmos. Então, é importante acompanhar as discussões ambientais (tanto nacionais, quanto internacionais) bem como compreender a importância universal dessa pauta, a fim de garantir uma existência digna para todos nós e para diversas outras espécies.