A agência espacial norte-americana, NASA, divulgou oficialmente que, no último sábado (08/01), todos os painéis foram abertos e o telescópio James Webb se desdobrou por completo no Espaço. A ação bem-sucedida foi muito comemorada, sobretudo porque o equipamento se manteve na rota em direção ao destino final.
Em 25 de dezembro de 2021, o telescópio James Webb foi lançado como o maior e mais potente telescópio já desenvolvido pela Nasa numa parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Canadense (CSA). Sua missão principal é buscar os elementos fotográficos e as observações necessárias para revelar a origem do Universo.
Ele visa buscar os rastros deixados logo após o Big Bang, isso há aproximadamente 100 milhões de anos. Para tanto, o telescópio conta com equipamentos que tiveram que ser abertos no Espaço, como os espelhos de seis metros de comprimento e uma base de 21 metros protetora dos raios solares. Isso para manter sempre uma sombra que permite a captação das imagens.
Quando a última asa foi implantada, a equipe de engenharia do Space Telescope Institute, em Baltimore, comemorou o sucesso da missão. De acordo com a Nasa, esse processo foi o mais desafiador da história e, igualmente, o mais complexo. A equipe anunciou que até a chegada do James Webb a seu destino final no segundo ponto Lagrange, em cinco meses e meio, muitas outras configurações deverão ser realizadas.
Nesse processo, segundo a Nasa, ainda é necessário concluir a trava final, garantindo-lhe segurança para a manutenção do telescópio em sua órbita. O escudo térmico de cinco camadas foi o primeiro a ser implantado. Ele permitirá a captação de fracos sinais infravermelhos nas bases mais distantes do universo. Com isso, estrelas do início de tudo poderão ser captadas e chegarão às imagens para análises e estudos.