Imagine um lugar em nosso planeta que mais parece uma superfície de Marte e que não há resquícios de chuva nos últimos 400 anos. Esse lugar existe e fica no deserto do Atacama no Chile. Estudos demonstraram que, mesmo sendo o lugar mais seco do mundo, foram encontrados vestígios de vida através de bactérias localizadas em 2009 naquela região. A cidade de Calama não possui vestígios de chuvas nos últimos quatro séculos e encontrar qualquer planta naquela região é impossível.
O que ocorre é que as massas de ar úmido, que são projetadas pela Amazônia, são bloqueadas pelas Cordilheiras dos Andes e isso faz com que o vapor d’água não se propague no ar. Já na costa, o clima árido é motivado pelas correntes marinhas que projetam água fria da Antártida e fazem com que o ar frio se fixe na superfície, enquanto o ar quente se acumula na atmosfera.
Assim, esse clima acaba dificultando as precipitações e faz a atmosfera ficar seca sem força para provocar as chuvas. A cidade de Calama fica mais ao centro do deserto do Atacama e sua estiagem é histórica. O maior período de escassez de chuvas foi de 1571 a 1971.
Mesmo sendo uma região bastante seca, isso não é empecilho para promoção do turismo naquela região. Um dos pontos de atração são os chamados Geoglifos, que possui desenhos milenares de uma época pré-hispânica com figuras de animais, humanas e geométricas.
Numa dimensão de quase 100 mil km², o Deserto do Atacama cruza fronteiras com Peru, Bolívia e Argentina. A cidade é a porta de entrada para o deserto de Atacama, sendo necessário pegar um voo de Santiago até lá.