Você sabia que aviões que partem dos EUA em direção à Ásia, por exemplo, não sobrevoam o Pacífico? Essa é uma questão que deixa muitas pessoas intrigadas, especialmente aquelas mais curiosas quando o assunto envolve viagens, aviação, geografia e afins. Então, fica a pergunta: Por que esses aviões evitam sobrevoar esse oceano? Não existe apenas uma resposta para essa dúvida, então vamos explicar por partes.
Primeiro de tudo, é preciso lembrar que os mapas, como vemos, têm grandes distorções em relação às proporções de tamanho, o que inclui continentes, ilhas e, claro, oceanos. A projeção do globo terrestre em uma superfície 2D é fundamental para entendermos a distribuição dos elementos da Terra, mas isso acaba fazendo com que tenhamos percepções irreais em relação a distâncias e tamanhos territoriais, por exemplo.
Faça o seguinte exercício, se puder: Pegue um globo terrestre, marque um ponto aleatório nos EUA e outro na Ásia. Agora, pegue um pedaço de barbante, trace uma linha reta entre os dois pontos e corte o barbante, para saber quanto mede essa linha.
Depois, pegue outro pedaço de barbante e uma os mesmos dois pontos, mas não com uma linha reta e sim com uma curva, como se o barbante fosse uma espécie de arco-íris. Feito isso, corte o barbante e compare o comprimento dos dois fios. Sabe o que você vai perceber? Que o barbante da linha reta é maior do que o barbante da curva.
Mas como assim?
Esse é, então, um dos motivos pelos quais as rotas dos aviões não são feitas de forma reta em relação ao mapa plano. Na rota curva, o avião percorre uma distância menor e, por isso, gasta muito menos combustível.
Além desse motivo, existe também o fato de que é melhor que os aviões voem sobre superfícies onde possam pousar, em caso de emergência — e, bem, estar em meio a um oceano é o exato oposto disso.
Casos de pouso de emergência envolvem desde problemas técnicos com a aeronave até emergências de saúde entre algum passageiro. Se alguém sofre um infarto dentro de um avião, por exemplo, a regra é clara: a aeronave deve pousar no aeroporto mais próximo para que o passageiro possa ser socorrido em terra.
E aí, agora que você sabe desses “segredos” por trás das decisões em relação às rotas dos aviões, fica tudo mais fácil de entender, não é mesmo? No fim das contas, os caras realmente sabem o que estão fazendo — ainda bem.