A princípio de conversa, é importante entender que, de longe, a Bíblia Sagrada é o livro mais lido, traduzido e vendido no mundo. Seus números são extremamente astronômicos e isso tornou-se realidade após a invenção da imprensa por Johannes Gutenberg, no século XIV, e justamente a Bíblia foi o primeiro livro a ser impresso por ele.
Mas e, depois da Bíblia, qual o livro mais vendido no mundo? Vamos analisar a obra que chegou cerca de dois séculos depois para se aproximar das escrituras sagradas. O livro do escritor espanhol Miguel de Cervantes, Dom Quixote, não só se tornou o segundo livro mais vendido no mundo como inaugurou os romances modernos.
Na obra lançada em 1605, o escritor propõe uma espécie de sátira às antigas novelas de cavalaria. Trata-se de uma obra cheia de fantasias da mente de um cavaleiro andante, que é chamado de Dom Quixote. Ele é um fidalgo espanhol que ficou fraco do juízo após ler as fabulosas novelas de cavalaria.
Ao lado de Sancho Pança, um companheiro que é menos fantasioso, o cavaleiro andante se mete em aventuras imaginárias. Essa obra tem uma estimativa de cerca de 600 milhões de cópias vendidas e centenas de traduções. Atravessou as cortinas do tempo como uma obra que ainda desperta sensações nas pessoas atualmente, levando, sobretudo, a reflexões sobre nossa capacidade de fantasiar o mundo.
O primeiro exemplar surgiu com o título de “El ingenioso hidalgo Don Quixote de la Mancha”. Sem dúvidas, o livro serviu de grande inspiração para escritores posteriores. As diversas peripécias de Dom Quixote são motivadas pelo seu grande amor imaginário, Dulcinéia de Toboso, para quem pretende provar sua bravura.