Fóssil de caranguejo passou milhões de anos preservado em um âmbar, que é originário de Mianmar na Ásia. Os cientistas publicaram sobre o achado na revista Science Advances. Esse fóssil remete a cerca de 100 milhões de anos, ou seja, na era dos dinossauros.
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Duas coisas chamam a atenção no achado: a primeira é que se trata do fóssil de um caranguejo, espécie aquática; os cientistas acreditam que, neste período, a espécie não era totalmente aquática. A segunda é que é o mais completo já identificado.
Os cientistas realizaram uma tomografia computadorizada para estudarem o fóssil e identificaram todas as partes que estavam completamente preservadas. Já foram encontrados outros fósseis do crustáceo em âmbar, mas tão preservado é, de fato, a primeira vez.
As condições possibilitaram aos estudiosos conseguirem estudar detalhes do fóssil. Medindo apenas 5mm, um dos focos dos cientistas é identificarem se ele era filhote, estava em idade adulta e só tinha aquele respectivo tamanho.
Uma das linhas de estudos dos cientistas apontam que a espécie denominada de Cretapsara possa ser natural de água doce e que conseguia viver na terra. Daí a explicação para ele estar num âmbar, que são resinas de árvores.
Não é descartada a possibilidade de uma evolução migratória da espécie que se adaptou à terra. Isso ocorreu com os caranguejos vermelhos da Ilha do Natal. Essa espécie solta os filhotes no Oceano e voltam para a terra.
Esses fósseis de âmbar, da era dos dinossauros, são encontrados nos depósitos no estado de Kachin, no norte de Mianmar. Mas a região tem sido alvo de muitas polêmicas e interferências sobre as procedências e a ética da extração na região.
A Sociedade de Paleontologia de Vertebrados entrou com pedido de moratória nas pesquisas, que são oriundas de Mianmar logo após os militares assumirem o controle de algumas dessas respectivas áreas de mineração de âmbar.